03 abril 2013

Economia: Empresa do Polo Farmacoquímico, em Goiana, à espera de terreno


Ionquímica aguarda doação do Estado desde setembro de 2012 para começar a tocar as obras
O investimento de R$ 20 milhões e a criação de 50 empregos diretos da fábrica da Ionquímica em Pernambuco estão travados. A planta de dez hectares, anunciada há anos para integrar o Polo Farmacoquímico de Goiana, depende de liberação de terra do Governo do Estado, por meio da Agência de Desenvolvimento de Pernambuco (AD Diper). O último prazo dado pelo Governo à empresa foi setembro de 2012 para o que seria o documento de cessão de área, exigido para posterior solicitação de licenças ambientais da Agência Estadual de Meio Ambiente (CPRH) e do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).

De acordo com o diretor comercial da Ionquímica, Antônio Rafael, a falta de documentação inviabiliza a movimentação de terras e a construção da unidade, que precisa de todas as questões documentais solucionadas para começar a obra. “Somos uma empresa brasileira e que quer investir no Estado, mas a burocracia não dá celeridade ao processo”, destacou. “Como se trata de uma indústria química, a etapa construtiva, inclusive, exige mais detalhes técnicos e prazo maior para implantação. São equipamentos especiais, reatores de grande potência, gestão de oxigênio e de gás carbônico, entre outras especificidades. A previsão para a unidade de Goiana é de cerca de dois anos somente para a obra civil“, detalhou.

O projeto da fábrica da Ionquímica no Polo de Fármacos destaca a produção de matéria-prima para fabricação dos setores farmacêutico e cosmético. Nos planos da empresa, quando estiver em operação, a ideia é que, inicialmente, a unidade produza entre 300 toneladas e 400 toneladas mensais em matéria-prima, chegando a cinco mil toneladas por ano.

Considerando os trâmites habituais para liberação de terreno para indústrias, é preciso que a AD Diper faça um memorial descritivo da área para elaboração de Lei de doação do terreno na coordenadoria jurídica da própria Agência. Essa lei segue para a Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) para votação e aprovação dos deputados, que resulta em posterior publicação no Diário Oficial do Estado. Segundo a assessoria de Imprensa da AD Diper, todas as etapas já foram concluídas e o termo de cessão já foi enviado para a empresa via Sedex. A Ionquímica, por meio de representante, deve replicar a via do Governo do documento assinada e já poderá buscar licenças ambientais e começar a terraplanagem. A empresa não recebeu o documento até o fim do dia de ontem, mas afirmou iniciar a obra com as licenças ambientais em mãos.

Fonte: Folha PE
 
-
-
Todos os direitos reservados à Anderson Pereira. Obtenha prévia autorização para republicação.
-