Os globais Marcos Pasquim, Carol Castro e Carlos Casagrande estarão no elenco
Está chegando a Semana Santa e, com ela, mais uma temporada da Paixão de Cristo de Nova Jerusalém, o tradicional e grandioso espetáculo realizado na monumental cidade-teatro localizada no município do Brejo da Madre de Deus, no agreste pernambucano. Todos os anos, a peça teatral atrai cerca de 70 mil pessoas entre adultos e jovens que vão assistir a cenas emocionantes e de rara beleza, comparadas às superproduções cinematográficas. Este ano, a temporada será realizada de 22 a 30 de março e os ingressos custam de R$ 60,00 a R$ 90,00,divididos em até 12 vezes no cartão de crédito nas compras feita no site oficial (www.novajerusalem.com.br).
A encenação conta a história dos últimos dias de Jesus começando pelo "Sermão da Montanha" e encerrando com a sua morte, ressurreição e ascensão aos céus. A peça, que se desenrola em nove palcos-plateias que são réplicas de palácios, templos e lugarejos da Jerusalém de 2 mil anos atrás, tem a participação de mais de 500 atores e figurantes. Nos papeis principais, a Paixão de Cristo, este ano, traz como artistas convidados os atores globais Marcos Pasquim, interpretando o rei Herodes; Carol Castro, no papel de Madalena e Carlos Casagrande como Pilatos. Eles vão contracenar com os já consagrados atores pernambucanos José Barbosa, que interpreta Jesus, e Luciana Lyra, que será Maria. A direção artística é de Carlos Reis e Lúcio Lombardi.
Este ano, além a inclusão de novos efeitos especiais, será utilizada na apresentação uma tropa de seis cavalos adestrados da raça "Puro Sangue Lusitano", vindos de São Paulo, que formarão a cavalariça do Governador Pôncio Pilatos e também participarão da cena do Calvário. Outra novidade será a renovação geral nas 800 peças que compõem os figurinos e adereços.
O espetáculo da Paixão de Cristo de Nova Jerusalém, na verdade, teve sua origem nas encenações do Drama do Calvário, realizadas nas ruas da vila de Fazenda Nova, Pernambuco, no período de 1951 a 1962, graças à iniciativa do patriarca da família Mendonça, o comerciante e líder político local Epaminondas Mendonça. Depois de ter lido em uma revista de variedades como os habitantes da cidade de Oberammergau, na Baviera alemã, encenavam a Paixão de Cristo, Mendonça teve a ideia de realizar um evento semelhante durante a Semana Santa a fim de atrair turistas e, assim, movimentar o comércio do lugar. Os primeiros espetáculos da pequena vila contavam com a participação apenas de familiares e amigos dos Mendonça. Com o passar dos anos, as encenações começaram a atrair atores e técnicos de teatro do Recife e a Paixão começou a ganhar fama e notoriedade em todo o estado.
Fazenda Nova, vila do município do Brejo da Madre de Deus, onde aconteceram essas primeiras encenações, fica bem próxima ao local onde hoje se situa a cidade teatro de Nova Jerusalém.
A ideia de construir um teatro que fosse como que uma pequena réplica da cidade de Jerusalém para que nela ocorressem as encenações da Paixão foi de Plínio Pacheco que chegou a Fazenda Nova em 1956. Mas o plano só veio a se concretizar em 1968, quando foi realizado o primeiro espetáculo na cidade teatro de Nova Jerusalém. Desde então, já são 44 anos de apresentações ininterruptas dentro das muralhas, atraindo espectadores de todo o Brasil e do mundo. O maior teatro ao ar livre do mundo é uma cidade teatro com 100 mil metros quadrados, o que equivale a um terço da área murada da Jerusalém original, onde Jesus viveu seus últimos dias. É cercada por uma muralha de pedras de quatro metros de altura e com 70 torres de sete metros cada uma. No seu interior, nove palcos-plateias reproduzem cenários naturais, arruados e palácios além do Templo de Jerusalém, constituindo obras monumentais, concebidas por vários arquitetos e cenógrafos nordestinos e pelo gênio do seu fundador Plínio Pacheco.
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