07 março 2013

Consumidor: Procon Pernambuco faz alerta sobre a Telexfree

Com a promessa de garantir lucro rápido e fácil, a empresa norte-americana Telexfree tem despertado não só a curiosidade, como a desconfiança de centenas de pernambucanos. Tanto que o Procon Pernambuco vem recebendo desde o início do ano pedidos de informações a respeito da legitimidade do negócio, que promete, através de uma plataforma VOIP, remunerar quem aceita trabalhar na rede (leia mais sobre o assunto no blog Vou Investir).

Para obter os ganhos, os adeptos da ferramenta precisam publicar diariamente um anúncio da empresa em sites da internet. No entanto, antes é necessário desembolsar uma taxa que vai de US$ 299 (plano ADCentral) a US$ 1.375 (plano ADCentral Family). Os ganhos prometidos pela Telexfree aos participantes variam de US$ 20 a US$ 100 por semana, o que daria uma rentabilidade mínima de 6,68% semanais, percentual acima de qualquer aplicação financeira tradicional do mercado.

O que a Telexfree faz, segundo o Procon Pernambuco, trata-se de um negócio conhecido por “Pirâmide de Ponzi”, onde o lucro dos participantes é condicionado à adesão de novos investidores. Isto é: quem já está no negócio é remunerado com a verba dos outros entrantes. O órgão esclarece que caso o cidadão que entrou no negócio seja lesado, a denúncia deverá ser feita ao Ministério Público ou à Polícia Federal.

Entenda
A pirâmide tem o nome por conta do imigrante italiano Charles Ponzi, que conseguiu fazer fortuna rapidamente nos Estados Unidos utilizando esse método. O sistema financeiro é insustentável e funciona à base de novos investidores. Os primeiros envolvidos investem e conseguem lucrar recrutando outros participantes, porém, quanto maior o alcance da pirâmide, menos sustentável ela fica, pois depende dos investimentos posteriores. Sem novos recursos, a grande parcela dos envolvidos fica no prejuízo.

No mercado, negócios deste tipo têm recebido o nome de “marketing multinível”, atividade que já foi praticada por outras empresas no passado, como a também americana Amway ou a brasileira Avestruz Master, que decretou falência anos atrás.

Diário de Pernambuco
 
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