05 janeiro 2013

Economia: Fiat pagará R$ 20 mi de compensação ambiental

Valor foi aplicado pela CPRH, conforme a área ocupada em Goiana

A Fiat terá que pagar uma cota de R$ 20 milhões ao Governo do Estado de Pernambuco, especificamente à Agência Estadual de Meio Ambiente (CPRH). A decisão foi tomada pela Câmara Técnica de Compensação Ambiental do órgão, na 6ª Reunião Ordinária de 2012, e destaca as compensações ambientais referentes à implantação do empreendimento formalmente conhecido como Projeto da Fábrica Automotiva da Fiat. A área ocupada representa 1,4 milhão de hectares no município de Goiana, na Zona da Mata Norte. A montadora já foi comunicada da decisão do Governo e revelou à reportagem da Folha que acatará a decisão, publicada ontem no Diário Oficial do Estado. Além disso, informou, via assessoria de Imprensa, que trata-se de uma cota única, ou seja, a montadora não terá que pagar quaisquer outras compensações ambientais.

A fábrica da Fiat será um grande complexo industrial automotivo com investimentos na ordem de R$ 7 bilhões, quando consideradas as empresas fornecedoras e a grande planta matriz. Mesmo se tratando de um terreno de mais de um milhão de hectares de amplitude, a montadora e o Governo do Estado - mediado pela própria CPRH - garantiram que o empreendimento tinha impacto ambiental zero, por estar em implantação em área de relevo plano, com custos menos onerosos para obras de terraplanagem e sem presença de fontes, rios, ou vegetação nativa.

Atualmente, a obra encontra-se com primeira etapa concluída, onde receberá a equipe da Fiat que irá gerenciar a construção do galpão-mestre, bloco que integrará a linha de montagem dos mais de 200 mil carros a serem produzidos mensalmente em Goiana. De acordo com o cronograma, o início de produção da fábrica está programado para julho de 2014. O diretor-presidente da CPRH, Sérgio Xavier, não informou detalhes de como será o pagamento. Segundo a assessoria de Imprensa do órgão, ele encontrava-se, ontem, em reunião de monitoramento com o governador Eduardo Campos. A unidade da Câmara Técnica da própria CPRH também estava impossibilitada de atender à reportagem.

FolhaPE
 
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