Conclusão do serviço da rodovia está atrasada há pelo menos quatro anos. No trecho da ponte de Goiana, carros chegam a passar uma hora parados.
Motoristas que circulam pela BR-101 Norte estão revoltados. É que no trecho onde fica a ponte de Goiana eles têm que passar até uma hora parados por causa de uma obra. Os trabalhos de conclusão da rodovia estão atrasados há pelo menos quatro anos.
Os 41 quilômetros da BR-101 Norte, entre Igarassu e Goiana, estão sendo duplicados pelo Batalhão de Engenharia do Exército. Apesar de grandes trechos estarem prontos, as obras, que começaram em 2006, estão atrasadas. Deveriam estar prontas em três anos, ou seja, no início de 2009.
Quatro anos depois desse prazo, o exército ainda não concluiu a obra e, ao circular, pela rodovia, é possível encontrar alguns problemas. No quilômetro 33, tem um desvio que obriga os motoristas a circularem em mão dupla na pista. É um trecho curto, de pouco mais de cem metros.
No quilômetro 28, soldados do Exército trabalham numa encosta que vai servir para escoar a água da pista em dias de chuva. No quilômetro 23, há um estreitamento da pista por causa das obras de colocação dos tubos de um gasoduto que passa às margens da rodovia. A BR-101 Norte recebe um grande movimento de caminhões e carretas. Qualquer impedimento na circulação dos veículos significa transtorno para os motoristas.
No pior trecho da estrada em Goiana, uma longa fila de carros é encontrada. Todos parados, à espera do comando para poder seguir viagem. Com uma das faixas desta ponte interditada, é preciso fazer o controle da passagem de carros nos dois sentidos da rodovia. Bem ao lado, mais movimentação do Exército na construção da nova ponte, que ainda parece longe de ficar pronta.
As paradas constantes por causa da interdição de um dos lados da ponte interferem no tempo da viagem. Por isso, é fácil encontrar motoristas irritados com o tempo perdido na estrada. "Está demorando muito essa passagem aqui, a gente está passando muito tempo aqui nesse local, perdendo muito tempo na viagem", disse o motorista César Alves de Araújo.
Às vezes, o tempo parado é tanto que as pessoas chegam a abrir as portas dos carros. "Tomar uma água e ficar refrescando até eles abrirem pra gente passar", comentou o motorista João Batista Gomes.
G1