Com a estabilização do mercado imobiliário, a procura por imóveis em bairros emergentes tem apresentado um retorno positivo tanto para o público quanto construtores e imobiliárias. Isso se deve pelo baixo custo do terreno e do metro quadrado do empreendimento. Hoje, com as facilidades de crédito, garantir a casa própria tornou-se uma realidade à medida em que empresas adequam o produto ao perfil do comprador e dessas construções se concentrarem próximas a áreas nobres.
De acordo com o diretor da Eduardo Feitosa, Roberto Rios, bairros como os de Torreão, Prado - no Recife -, Peixinhos - em Olinda - e Janga - em Paulista - recebem influências de investimentos e hoje estão na lista de opção para morar. “As construturas visam principalmente a atender o mercado de fora para dentro. Esses locais - considerados periféricos - têm infraestrutura, transportes, comércios, o que atrai novos públicos”, explica. Um exemplo é o bairro do Rosarinho, que com o desenvolvimento urbano e imobiliário hoje se tornou área nobre. “Ele pegava apenas parte da avenida Norte e hoje ele envolve as duas vias”, completa.
Ainda segundo ele, bairros dos municípios de Camaragibe e São Lourenço vêm recebendo destaque. “Há um fluxo de migração. O preço dos terrenos e do metro quadrado no Recife está subindo, então surge esse investimento das construtoras”. Sobre Peixinhos, ele comenta. “Era um local desvalorizado e agora família com renda de R$ 3 mil reais apresenta condições para aquisição de um imóvel. Ele é bem localizado por ter acesso fácil a outros locais”.
O bairro do Janga também tem sido alvo de melhorias imobiliárias. A influência de Goiana, com a implantação da Fiat, tem atraído empresas a construirem imóveis no bairro para todas as classes, como alguns condomínios clubes. “O interessante é que são empreendimentos que famílias com renda entre três e dez salários mínimos podem comprar”, relata Roberto Rios.