Com a cassação da liminar impetrada pela Justiça Federal do Rio de Janeiro na última semana, que suspendia o prazo de validade do último concurso para técnico e analista do Ministério Público da União (MPU) e, consequentemente, impedia a abertura de nova seleção, agora serão retomados os preparativos para a realização de outro certame. A informação é do procurador-geral do Trabalho, Luís Antônio Camargo. O concurso passado, realizado em 2010, teve a validade expirada no último sábado, dia 10.
Segundo o procurador-geral, o MPU fez o possível para nomear o máximo de habilitados na seleção anterior. “Tudo que foi dito do MPU é justamente o contrário. Corremos desesperadamente para convocar os aprovados e, se não houve uma nomeação maior, foi por conta do próprio Poder Executivo, que contingenciou o orçamento”, explicou.
De acordo com informações do MPU, no que se refere ao concurso passado, foram mais de 3 mil aprovados nomeados em todo o país. Tal número foi cerca de seis vezes maior que o previsto.
Luís Antônio não deu prazo de abertura para a próxima seleção, mas afirmou que o Ministério Público do Trabalho (MPT), órgão que compõe o MPU, ainda vive situação caótica de servidores. “Temos a perspectiva de começar a preparar o edital e publicar o mais rápido possível. Nossa expectativa, no orçamento de 2013, é de nomeação de cerca de 2.200 servidores para o MPU. Mas precisamos que o orçamento, que está sendo discutido no Congresso Nacional, seja aprovado. Outro ponto fundamental é a questão específica da instituição. Não há como funcionar. Precisamos de condições mínimas de trabalho”, destacou o procurador-geral.
Sobre os detalhes da seleção, Luís Antônio acredita que as alterações em relação ao certame anterior serão poucas. “Há algumas mudanças, por conta de aposentadorias e exonerações. Só no momento em que for feito o estudo para a publicação do edital é que teremos a certeza do oferecimento dos cargos. Mas não há mágica. É técnico (médio) e analista (superior). Quanto às especialidades, é algo que será definido mais à frente”, declarou.
Ele fez questão de defender o concurso, como forma ampla e democrática de acesso às instituições. “O MPT defende ardorosamente este princípio, especificamente para os nossos servidores. Sempre exigimos que o dispositivo constitucional que determina a realização dos concursos seja respeitado”, frisou.
A seleção anterior para o órgão foi organizada pelo Cespe/UnB. De acordo com a Assessoria de Imprensa do MPU, as remunerações iniciais das carreiras de técnico e analista são de R$4.694,09 e R$7.252,52, respectivamente, já incluído o auxílio-alimentação de R$710, entre outros benefícios específicos.
Folha Dirigida
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