22 outubro 2012

Economia: Fiat apresenta produção de Goiana

Novo “coração fabril” está sendo instalado em 440 hectares, com investimentos que podem chegar a R$ 4 bilhões

As obras da Fiat iniciaram em Goiana e o projeto da fábrica começa a aparecer. A dinâmica da produção do complexo automotivo, quando estiver em operação, prevista para 2014, foi apresentada pela montadora para o Governo, requisito essencial para a aquisição da licença ambiental. Por questões sustentáveis, o tratamento pioneiro de pintura é des­­­taque na operação. Basicamente, o processo de fabricação de veículos, que vai atingir o volume entre 200 mil e 300 mil carros por ano, será desenvolvido em cinco diferentes oficinas: prensas, funilaria, pintura, montagem final e comunication center. Todo esse grupo de trabalho será integrado em uma área de 440 hectares e será o coração da indústria, com custo total que pode chegar a R$ 4 bilhões.

Na etapa de prensas, o aço vindo de fornecedores será conformado e enviado para o processo de soldagem. A unidade será equipada com uma sala metrológica para a medição das condições geométricas das peças. Na funilaria, as peças de aço que vêm das prensas serão soldadas, formando a carroceria do veículo, deixando o material pronto para a etapa da pintura. As carrocerias em chapa chegam à Unidade de Pintura para receber o processo de fosfatização para adequação da superfície metálica. A finalidade é a de proteção anticorrosiva. A eficiência dos revestimentos protetores e/ou decorativos posteriores dependem diretamente da limpeza e do preparo da superfície. A tecnologia de pintura com uso da água como prin­­­cipal solvente dá ao produto uma aparência máxima e, mais importante, o efeito ecológico de proteção do meio ambiente com menor emissão de componentes orgânicos voláteis (VOCs).
A etapa seguinte trata da montagem final. É onde, após o recebimento da carroceria pintada, serão montadas todas as peças de acabamento, guarnições, peças mecânicas, revestimentos, vidros, e serão realizados os testes que garantem a qualidade do produto. Os veículos, depois de montados, são conduzidos para a pista de provas, para a realização de testes dinâmicos. Após esses testes, os automóveis passam por uma cabine de prova hídrica, equipada com sprays automáticos, onde é verificada a vedação contra-água e, em seguida, serão realizadas as revisões de elétrica e de acabamento.

A última parte do grande processo de produção de veículos é a Comunication Center, área onde as carrocerias soldadas provenientes da oficina de soldagem, as carrocerias pintadas provenientes da pintura e da montagem final são analisadas quanto ao dimensionamento e à qualidade. E também é o local onde são realizadas as análises de laboratório.

Folha de Pernambuco
 
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