Empresas locais começam a experimentar a efervescência econômica de Goiana, na esteira da implantação dos grandes empreendimentos no município. A estratégia é participar do crescimento da região, assinalada no mapa de Pernambuco como um novo polo de desenvolvimento. A Zona da Mata Norte vai obrigar os clusters automotivo e farmacoquímico, com investimentos estimados em R$ 12,1 bilhões.
Com 7 anos de mercado, a D+ Refeições é pioneira no fornecimento de alimentação coletiva na cidade. Começou improvisando a venda de quentinhas, depois inaugurou um restaurante e há 1 ano construiu uma cozinha industrial para atender às empreiteiras. A empresa familiar é capitaneada por João e Alice Reis, ao lado dos filhos Diogo, David e Denys (que justificam o D+ do nome). A Quality Empreendimentos será o 20º cliente da D+.
"Os empresários de Goiana precisam ficar atentos, porque as oportunidades estão surgindo, mas é preciso investir e adequar o negócio às necessidades dos clientes", alerta Diogo Reis. Na construção da cozinha industrial, com capacidade para preparar 5 mil refeições por dia, a empresa investiu R$ 500 mil.
Atualmente, a companhia fornece 600 refeições diárias, mas a projeção é dobrar esse volume até o fim do ano. "Isso por enquanto, porque nossa intenção é alimentar os funcionários da obra civil da montadora, que terá até 7 mil funcionários na fase de pico", aposta David Reis, sócio da D+ e chefe de cozinha. O aumento do número de clientes também vai triplicar as contratações da empresa, que conta com 32 colaboradores.
Além da produção na cozinha industrial, a D+ recebe cerca de 300 pessoas por dia no seu restaurante, frequentado por funcionários das construtoras que atuam nas obras em Goiana.
A multiplicação dos canteiros de obras no município também está na mira da Goiana Pré-Fabricados. A companhia foi contratada para fabricar os pré-moldados usados pela Quality Empreendimentos na primeira fase da obra da Fiat, iniciada ontem.
O diretor da empresa, Bruno Veloso, conta que nos últimos dois anos foram investidos R$ 2 milhões em equipamentos e na construção de novas áreas para ampliar a produção. Com 14 anos de mercado, a unidade se especializou na fabricação de galpões industriais, postes, estruturas para caixas d'água, blocos de concreto, lajes e estacionamentos. "O aquecimento da economia local está contribuindo para a geração de emprego e renda", destaca, lembrando que a maior parte dos funcionários da fábrica é moradora do município.
Jornal do Commercio