William Douglas, Juiz Federal, foi entrevistado pela Folha Dirigida na 3ª Feira da Carreira Pública, no Rio de Janeiro
Cerca de 250 pessoas lotaram a Sala de Palestra 1 do Centro de Convenções SulAmérica para assistir à apresentação do juiz federal e escritor William Douglas, no primeiro dia de exposições da 3ª Feira da Carreira Pública e Mercado de Trabalho. A expectativa era tão grande para assistir à fala do "guru dos concursos", que valeu até sentar no chão ou permanecer em pé, do lado de fora. Uma das mais ansiosas era a estudante Marina Souza, de 27 anos, moradora de Brás de Pina. "Comecei a me interessar pela carreira pública no início deste ano. Ao entrar neste universo, conheci o William Douglas, e desde então, passei a ter muito interesse pelas coisas que ele diz", contou. Assista ao vídeo com a entrevista clicando aqui.
Ela, que sonha com uma vaga na Petrobrás, garantiu que a vontade de estar ali era tanta, que não se contentou em comparecer sozinha, levando consigo a filha Eduarda, de quatro anos. "O último concurso que prestei foi para a área de Educação da Prefeitura do Rio. Estou cursando técnico de logística, com o objetivo de prestar prova para a Petrobrás. Nunca fui obrigada a estudar e hoje vejo o quanto é importante. Acho que o concurso é um bom caminho para crescer profissionalmente. Estou dando tanto valor, que a minha filha já estuda comigo desde pequena", sorriu.
A palestra teve início às 20h, com sorteio de bolsas de estudo e kits com dvd e a revista "Como passar em provas e concurso público", contendo os "mantras" criados por William Douglas. Em seguida, o juiz arrancou gargalhadas da plateia, citando problemas comuns dos concurseiros, como o equílibrio da relação lazer x estudo, falta de concentração, perda de sono, entre outras situações. Segundo o "guru", o concurseiro deve investir tempo e energia somente com as coisas que possuem solução, citando como exemplo, o ex-presidente sul-africano Nelson Mandela. "Ele é a prova de que devemos deixar para trás as bagagens negativas. Por lutar contra o Apartheid, foi perseguido pelos brancos da África do Sul, ficando preso por quase 30 anos. Ao sair, disse que não podia retaliar o sofrimento de sua vida, pois precisaria dos brancos para refundar um país", citou.
William defendeu que nenhuma dificuldade pode ser colocada como impedimento para atingir o objetivo, desde que as pessoas organizem o que ele chama de "quadro horário", encorajando os participantes a seguir a "maratona". Segundo ele, no mundo existem apenas dois tipos de pessoas: as que correm e as que dão risada daquelas que correm. "Escolha a sua corrida. Organize-se. Vença o desânimo e a preguiça. Não culpe ninguém pelo seu fracasso, busque aprender com ele. O mundo seria pior sem as provas. Se o mercado já discrimina o pobre, a mulher e o negro, imagina se não existisse a prova. Ela é a sua chance de melhorar de vida. Tenha orgulho da corrida que escolheu, e saiba que, nesta maratona, a direção é mais importante que a velocidade. Faça o máximo que puder, com aquilo que tem. Só três pessoas não passam em concurso: a que morre, a que desiste e a que não aprende com os erros", ensinou.
Finalizando, o juiz ofereceu dicas de como obter êxito além da aprovação. William afirmou que existem quatro pilares de sucesso para a vida: energia, inteligência, integridade e capacidade de se relacionar. "Uma pessoa vitoriosa tem de ter energia para produzir e se reinventar; inteligência para saber o que fazer na hora certa; integridade, pois ainda que não esteja em voga, saiba que até a máfia a exige de seus membros; e capacidade de relacionar. Faça com os outros, somente aquilo que quer que seja feito à você", filosofou o juiz, levando alguns participantes às lágrimas.
Serviço
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Folha Dirigida