21 julho 2012

Saúde: PE apresenta redução de 273% nos óbitos por dengue. Goiana aparece entre os dez municípios com maior percentual de notificação

Em 2012, foram confirmadas 11 mortes, contra 41 no mesmo período de 2011

Até este mês de julho, a Secretaria Estadual de Saúde (SES) confirmou 11 óbitos por dengue, uma redução de 273% em relação a 2011, quando foram confirmadas 41 mortes. Para o órgão, a diminuição está relacionada ao melhor acompanhamento dos pacientes nas unidades de saúde pernambucanas, que, neste ano, receberam uma série de capacitações para padronizar o protocolo de atendimento aos pacientes com suspeita de dengue. O Estado ainda diagnosticou a redução dos casos de dengue grave (com complicações ou hemorrágicas), que saíram de 585, em 2011, para 147, em 2012, caindo em 298%.

Segundo o secretário estadual de saúde, Antonio Carlos Figueira, as Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) implantaram, neste ano, uma nova forma de pré-atendimento aos pacientes com suspeita de dengue. “As pessoas que chegam às unidades com alguns sintomas da dengue começam logo a ser hidratadas. Também há um monitoramento específico para analisar a evolução do caso, otimizando o diagnóstico e o tratamento”, diz o secretário.

Ele lembra que 150 médicos e enfermeiros de hospitais da Região Metropolitana do Recife, além de 400 profissionais de hospitais e unidades de saúde municipais, foram capacitados sobre o diagnóstico e tratamento da dengue em todo o Estado. “A dengue é uma doença que pode ser confundida com diversas enfermidades. Por isso, é preciso estar atento a alguns detalhes, principalmente quando se trata dos casos graves da doença, que podem levar à morte”, orienta Figueira, que é médico pediatra.

A prova do laço é um importante teste e dá sinais de alarme existentes em 85% dos pacientes com dengue hemorrágica, por exemplo. Para fazer o exame, é preciso usar um aparelho de aferir pressão e verificar o surgimento de petéquias ou equimoses (pontos vermelhos) no corpo do paciente. Dependendo da quantidade, o caso pode ser diagnosticado como dengue grave.

De acordo com a coordenadora do Programa Estadual da Dengue, Claudenice Pontes, apesar da redução nos óbitos, é preciso que a população se mantenha em alerta e mobilizada para as ações de eliminação dos focos de dengue, especialmente nos reservatórios de água no quintal e acondicionando diretamente o lixo. “É importante ainda que todos facilitem o acesso e o trabalho dos agentes de endemias em suas casas, onde estão 90% dos focos. E, em caso de sintomas, procurar uma unidade básica de saúde, além de evitar a automedicação, que pode agravar o quadro”, enfatiza.

DADOS – Até o dia 7 de julho, foram notificados 51.825 casos de dengue (confirmados 18.963), distribuídos em 183 municípios. Isso representa um aumento de 88% em relação ao mesmo período de 2011, que notificou 27.567 casos, confirmando 12.119 desses.

Os dez municípios com maior percentual de notificação são: Recife (22,99%), Jaboatão dos Guararapes (5,75%), Caruaru (5,22%), Olinda (4,11%), Cabo de São Agostinho (3,81%), Afogados da Ingazeira (3,80%), Paulista (2,98%), Abreu e Lima (2,77%), Ipojuca (2,25%) e Goiana (1,93%).
INFORMAÇÕES SOBRE A DOENÇA
Transmissão da dengue: A doença infecciosa é causada por um vírus transmitido pelo mosquito Aedes Aegypti.

Sintomas da dengue clássica: Dor de cabeça, nos músculos, juntas e olhos; Manchas vermelhas no corpo e febre alta por cerca de uma semana; Vômito, diarréia e falta de apetite.

Sintomas da dengue hemorrágica: Dor abdominal, tonturas, desmaios; Sangramento nas gengivas, nariz e outros locais do corpo; suor frio, fezes escuras e vômito.

Tratamento: A dengue não tem tratamento específico. Recomenda-se repouso, tomar muito líquido e não ingerir medicamentos com ácido acetilsalicílico (AAS e Aspirina). Ao menor sinal, procurar um posto de saúde mais próximo de sua casa. No caso da denguehemorrágica, a referência estadual é o Hospital Universitário Oswaldo Cruz, em Santo Amaro.

Cuidados importantes para eliminar os focos:
- Mantenha bem tampados caixas d’água, jarras, cisternas, poços ou qualquer outro reservatório de água.
- Mantenha as lixeiras tampadas e secas. Nunca jogue lixo em terrenos baldios.
- Coloque no lixo todo objeto que possa acumular água. O lixo deve ser colocado em sacos plásticos bem fechados.
- Lave os bebedouros de animais com uma bucha pelo menos uma vez por semana e troque a água todos os dias.
- Cubra e guarde os pneus em locais secos, protegidos das chuvas.
- Guarde as garrafas secas de cabeça para baixo e não deixe no quintal objetos que acumulem água.
- Encha os pratinhos de plantas com areia.
- Retire a água acumulada sobre a laje.
- Mantenha as calhas d’água limpas.

Assessoria de Imprensa da Secretaria Estadual de Saúde
 
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