Projetec, Concremat e Norconsult serão responsáveis por desenhar a infraestrutura necessária para atender a demanda da montadora e seus fornecedores
A Secretaria de Desenvolvimento Econômico (SDEC) fechou um contrato de R$ 20,07 milhões para um consórcio de consultorias produzir os projetos da contrapartida do governo estadual para a Fiat. As empresas Projetec, Concremat e Norconsult, juntas, vão desenhar a engenharia e fiscalizar a terraplenagem de empreendimentos secundários ligados à montadora, como o parque de fornecedores da Fiat em Igarassu. A ordem de serviço do contrato, porém, depende do envio dos projetos conceituais pelo grupo italiano. A Fiat, através da assessoria de imprensa, informa estar “refinando o projeto, investindo na etapa de planejamento” da fábrica.
A Projetec, sozinha, já estava à frente da fiscalização da terraplenagem da Fiat em Goiana. Agora, com duas sócias, assume um serviço formalmente, descrito como “apoio técnico-operacional e gerencial à SDEC na implantação de projetos especiais”.
A área de Desenvolvimento Econômico, do governo, tem uma Secretaria Executiva de Projetos Especiais, na prática criada exclusivamente para cuidar da chegada da Fiat.
De acordo com o secretário-executivo de Projetos Especiais, João Guilherme Ferraz, o contrato com o consórcio liderado pela Projetec abarca serviços em todos os demais terrenos, fora o da Fiat em si: parque de fornecedores, da pista de testes, pátio de importação e exportação em Suape, centro de treinamento da montadora, vias de acesso e até linhas de transmissão para fornecimento de energia.
“Mas não podemos dar a ordem de serviço de tudo sem ter as informações da Fiat. Vai depender deles, do projeto conceitual”, comenta Ferraz.
O secretário considera equivocada a ideia de que a Fiat está adiando o início da fábrica por causa da crise europeia, que afeta a Itália.
No último dia 14 de junho, em entrevista ao JC, o presidente da Fiat/Chrysler na América Latina, Cledorvino Belini, afirmou que o projeto em Pernambuco, um investimento de R$ 4 bilhões, não seria afetado pela crise europeia.
A questão é que o início das obras da Fiat era previsto para abril passado. Novos prazos chegaram a ser informados pela prefeitura de Goiana ou mesmo pelo governo estadual, que agora prefere não falar mais em expectativas.
Procurada novamente, a Fiat respondeu à reportagem por escrito. “Estamos em processo de escolha dos nossos parceiros a se instalarem no Supply Park 1 (parque de fornecedores anexo à fábrica)”, informa.
“A Fiat está refinando o projeto, investindo na etapa de planejamento, para que todo o projeto seja posteriormente desenvolvido em ritmo adequado. O início das obras será consequência da conclusão da etapa de planejamento”, conclui a montadora.
JC online
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