Teste NAT consegue detectar os vírus mesmo que o doador tenha sido contaminado há poucos dias
A partir deste ano, todo o sangue coletado no País passará a ser submetido a um teste mais eficaz para a detecção dos vírus da Aids e da hepatite C. A tecnologia utilizada será, obrigatoriamente, o Teste de Ácido Nucleico (NAT, na sigla em inglês), desenvolvida nacionalmente por meio de uma parceira firmada entre a Empresa Brasileira de Hemoderivados e Biotecnologia (Hemobrás), o Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Biomanguinhos), o Instituto Carlos Chagas, o Instituto de Tecnologia do Paraná e o Instituto de Biologia Molecular do Paraná, e que consegue detectar os vírus mesmo que o doador tenha sido contaminado há poucos dias. Até o mês de novembro, o Ministério da Saúde publicará a portaria determinando a nova medida, tanto no sistema público de saúde quanto na rede privada.
Atualmente, apenas 25% das mais de 3,5 milhões de bolsas de sangue coletadas anualmente no País passam pelo Teste NAT – o mais usado no Brasil é o Elisa. O período de tempo em que os vírus, embora presentes no sangue, não são detectados pelos testes é chamado de janela imunológica. Essa é uma das causas principais de um resultado falso negativo, por exemplo. No caso da Aids, a janela imunológica atual, de 22 dias com o Elisa, cairá para 7 dias. Para as hepatites, esse tempo passará de 70 dias para 11 dias.
Um teste NAT, norte-americano, custa cerca de R$ 140 por bolsa de sangue. No Brasil, porém, será usada uma versão nacional que chegará a um custo 30% inferior ao praticado pela iniciativa privada. A testagem do sangue por meio do NAT será feita no Brasil de forma centralizada, em 14 centros nacionais. A expectativa do Ministério da Saúde é, até o final do ano que vem, incluir na portaria o teste NAT também para hepatite B e dengue ou doença de Chagas.
Assessoria de Imprensa da Hemobrás