Os integrantes da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga denúncias contra o prefeito de Condado, Edberto Quental (DEM), solicitaram da Polícia Militar a garantia de segurança para a realização das sessões. Eles vão apreciar hoje o pedido de afastamento do gestor por 30 dias, feito pelo próprio democrata, para afastar denúncia de que estaria dificultando as investigações.
O prefeito é investigado por supostas contratações de servidores fantasmas e uso político do programa social Renda Cidadã. Segundo a presidente da CPI, Maria Helena (PT), na quinta-feira passada a sessão foi bastante tumultuada, por causa da presença de servidores comissionados e beneficiários do programa, que pediam o fim das investigações.
“No momento em que o prefeito entregou o pedido de afastamento por 30 dias, um monte de pessoas se reuniu na porta da Câmara e quase não deixou a sessão acontecer”, explicou. De acordo Maria Helena, os manifestantes reinvidicavam que os vereadores recusassem o afastamento do gestor. “A população gritava “Deixem o prefeito, deixem o prefeito porque ele é bom” entre outras coisas. O que ficou parecendo é que nós estávamos pedindo o afastamento do prefeito enquanto, na verdade, ele que solicitou a licença”, completou.
De acordo com o a presidente da CPI, para que o episódio não se repita, a Polícia Militar já foi acionada. “Antes das 19h30, horário da sessão, a PM já estará a postos. Não queremos mais confusão”, declarou. O caso foi levado ao conhecimento do Ministério Público de Pernambuco, que prometeu apurar as irregularidades.
Denúncia
Os vereadores de Condado acusam o prefeito de jogar a população contra o Legislativo. Desde que a CPI foi instalada, no mês passado, os benefícios deixaram de ser pagos à população. O Renda Cidadã paga R$ 45 pessoas que deem expediente uma vez por mês em uma repartição pública e R$ 622 para quem esteja disponível para dar expediente diário. Os protestos em frente à Câmara para que as investigações sejam suspensas têm sido constantes. Mais de 900 pessoas recebem dinheiro do programa.
Diário de Pernambuco
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