21 maio 2012

Habitação: Goiana será sede da Cidade Atlântica, empreendimento imobiliário de 600 hectares

A formação de novos polos industriais em solo pernambucano continua a alimentar o boom das cidades planejadas. No rastro de investimentos de grande porte como as fábricas da Fiat e da Companhia Brasileira de Vidros Planos (CBVP), um grupo de empresas detalhou hoje (21) como funcionará a Cidade Atlântica, projeto imobiliário que ocupará 600 hectares em Goiana, na Zona da Mata Norte.

O empreendimento terá capacidade para 60 mil pessoas e 18 mil unidades habitacionais. Os imóveis serão de dois, quatro e sete pavimentos, distribuídos em dois bairros. A cidade terá ainda 20 metros quadrados de área verde por habitante, dois centros comerciais, um regional e um local, mais dois centros menores em cada um dos bairros residenciais.

O centro regional abrigará ainda um shopping, dois hotéis, um centro de logística, prédios empresariais, unidades de capacitação técnica e um hospital. Já no centro local haverá escolas, postos de gasolina, lojas de roupas, supermercados, consultórios médicos e outros pontos comerciais. De modo semelhante funcionarão os centros de vizinhança.

Tudo isso com infraestrutura e desenvolvimento custeados por quatro grandes empresas que se uniram para financiar o projeto: Cavalcanti Petribu, GL Emprendimentos, Moura e Queiroz Galvão. “Estamos agora estudando a demanda para começar o primeiro bairro. Esperamos que as obras sejam iniciadas ainda neste ano”, adianta Múcio Souto, diretor regional do Grupo Queiroz Galvão. Segundo ele, na Cidade Atlântica os cuidados ambientais incluirão o tratamento de resíduos sólidos e o reuso da água. “Preservar a Mata Atlântica é parte fundamental deste projeto, que prevê áreas para bosques e parques públicos, além da manutenção e do reflorestamento de reservas naturais.” O empreendimento também terá unidades para famílias de baixa renda, dentro do programa Minha Casa, Minha Vida. “Devemos atender à faixa acima de três salários mínimos”, ressalta Múcio Solto.

Os outros imóveis serão destinados à classe média mas, no futuro, poderá ser implantado dentro do Cidade Altântica um loteamento para imóveis de luxo. “Vamos crescer de acordo com a demanda local”, ressalta o diretor da Queiroz Galvão. Na noite desta segunda-feira (21), o projeto foi apresentado oficialmente ao setor de construção civil do estado durante evento no empresarial JCPM, no Pina.

Diário de Pernambuco
 
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