12 março 2012

Investimento: Nova paisagem em Goiana

Obras civis da CBPV começam neste mês e as da Fiat estão previstas para abril, mudando a cidade

Goiana – A transformação da paisagem de Goiana, a 63 quilômetros do Recife, dará uma guinada radical a partir deste mês de março, com o início das obras civis da Companhia Brasileira de Vidros Planos (CBVP) e, em abril, da Fiat. Os canaviais de ontem, que já cederam espaço para gigantescos campos terraplenados às margens da BR-101, agora esperam o soerguimento de colunas e coberturas de galpões industriais. O Diario foi dar uma espiada em toda essa movimentação e mostra a você, leitor, o que anda acontecendo nesse município da Mata Norte.

A terraplenagem da CBVP, do grupo Cornélio Brennand, está praticamente concluída e o estaqueamento deve ser finalizado ainda este mês. São 90 hectares, sendo 80 mil metros quadrados de área construída. “Estamos fechando os contratos com a construtora e vamos iniciar as obras civis no próximo dia 15. Significa dizer que estamos mantendo o cronograma e a previsão de começar a operar em julho de 2013”, diz o presidente Paulo Drummond.

Na quinta-feira será realizada uma cerimônia no local para marcar a nova etapa do empreendimento, que deve gerar até cinco mil empregos no pico da obra. Trata-se da primeira fábrica de vidro planos do Nordeste e a única do Brasil com capital 100% nacional. “Já encomendamos os equipamentos ao nosso parceiro tecnológico, a Fives Stein, e vamos receber os primeiros entre maio e junho. Só um dos fornos possui 800 toneladas”, completa Paulo.

O executivo revela ainda que o investimento na planta foi revisto, aumentando de R$ 550 milhões para R$ 770 milhões, com capacidade para produzir 290 mil toneladas de vidros planos por ano. A área construída será de 80 mil metros quadrados, e o faturamento anual esperado, de R$ 400 milhões. Está prevista a geração de 370 empregos diretos e mais de 1,5 mil indiretos.

A CBVP irá fornecer vidros planos principalmente para a construção civil (60%), transformação automotiva (20%) e setor moveleiro (10%). Numa segunda etapa do projeto está prevista a instalação, no mesmo terreno, de uma empresa transformadora – a Companhia Brasileira de Vidros Automotivos (CBVA), esta sim, para atender diretamente às montadoras, como a Fiat. Serão investidos mais R$ 70 milhões na CBVA, com geração de outros 150 empregos diretos. O início da operação dessa segunda unidade, entretanto, vai ficar para 2014.

Diário de Pernambuco
 
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