O co-fundador, ex-presidente e ex-diretor-executivo da Apple Inc. - mas sobretudo um dos maiores ícones e visionários da tecnologia mundial - Steve Jobs, de 56 anos, morreu nesta quarta-feira. A informação foi confirmada pela família do magnata em nota.
Na página inicial da Apple, em vez de informações corporativas, consta uma foto de Jobs com as datas do seu nascimento e falecimento. Jobs lutava contra um câncer no pâncreas desde 2004 e sua saúde vinha se debilitando visivelmente desde então, a ponto de o executivo anunciar seu afastamento da empresa no fim de agosto.
Além de fundar a Apple, companhia que, segundo balanços recentes, detém mais capital do que o governo dos EUA, Jobs também comprou a Pixar, empresa que alguns anos mais tarde se tornou mundialmente famosa por seus filmes de animação.
Natural de São Francisco, na Califórnia, Steve Jobs era filho biológico de Joanne Simpson e do imigrante sírio Abdulfattah John Jandali. Ao nascer, porém, ele foi dado para adoção. Jobs foi criado por Paul e Clara Hagopian Jobs, que lhe batizaram como Steven Paul.
Aos 17 anos, Jobs entrou para a universidade Reed College em Portland, Oregon, mas se viu obrigado a largar os estudos por conta dos altos custos. O executivo era casado com Laurene Jobs e tinha quatro filhos, três do casamento com Laurene e uma filha concebida com outra mulher, antes do matrimônio, que só foi reconhecida por ele na adolescência.
Jobs fundou a Apple em 1976, aos 21 anos, em companhia de Steve Wozniak, na garagem da casa de seus pais. Sob seu comando, a empresa introduziu os primeiros computadores Apple e mais tarde o Macintosh, que ficou muito popular na década de 1980. Entre as inúmeras inovações da Apple está o mouse, criado para facilitar aos usuários a ativação de programas e a abertura de arquivos.
Visionário, Jobs se interessava por experiências místicas desde a juventude e era vegetariano. Nos anos 1970, ele viajou à Índia para visitar o Baba Neem Karoli no ashram (comunidades formadas com o intuito de promover a evolução espiritual dos seus membros e guiadas por um guru) na companhia de um colega de faculdade e mais tarde primeiro empregado da Apple Daniel Kottke em busca de iluminação espiritual.
Ao voltar para os EUA, ele se tornou budista, adotando hábitos como raspar a cabeça e usar roupas tradicionais indianas. Na época, Jobs passou por vivências psicodélicas. O executivo assumiu publicamente que experimentar o alucinógenos LSD foi uma das coisas mais importantes que ele já havia feito na vida.
Revolucionário - Com suas criações, Steve Jobs não transformou apenas a forma como as pessoas se relacionam com computadores, com a música ou com os celulares. Steve Jobs revolucionou a história moderna — para o bem ou para o mal, cabe a cada um avaliar. Um deus para os aficionados por tecnologia, ele é considerado pouco menos que perverso por muita gente. Na indústria fonográfica, por exemplo, que viu as vendas de discos desabarem depois da criação do iPod, mencionar o nome do norte-americano de 56 anos é pedir para ser esconjurado.
O controverso Steven Paul Jobs nunca foi um gênio da tecnologia. Para isso, havia seu amigo de faculdade, Steve Wozniak, que desenvolveu o primeiro produto da marca, o Apple I. Jobs é especialista em criatividade, em gente e em prever os desejos do consumidor. “É muito difícil fabricar produtos por grupos focais. Muitas vezes, as pessoas não sabem o que querem até você mostrar a elas”, disse à revista BusinessWeek, em 1998. A frase foi proferida três anos antes do lançamento do iPod, tocador de músicas digitalizadas, e cinco antes da criação da iTunes Store, loja on-line que permitia a usuários comprar e baixar músicas.
Amado e odiado - O fundador de uma das maiores marcas de tecnologia do mundo era odiado por muitos. O temperamento arrogante e às vezes agressivo, que lhe deu a fama de tirano entre os subordinados, também fazia Jobs ser malvisto por parte dos veículos de imprensa, que ele tentava censurar e, vez ou outra, processar. Ele fez tantas inimizades que chegou a deixar, em 1985, a companhia que criou — devido a brigas internas. Só voltou 12 anos depois, como presidente executivo interino.
Repercussão -Executivos de TI de Pernambuco falaram sobre a morte de Jobs e o seu legado ao Blog de Tecnologia do Diario. Confira os depoimentos:
Cláudio Marinho, consultor da Porto Marinho Ltda.
“Dois momentos de Steve Jobs me marcaram muito. No primeiro, quando me fez ver, no gesto simples de lançar o ipad sentado numa poltrona, que a era pós-PC havia começado. O segundo, quando me convenceu, com um dos seus maravilhosos slides, que o que interessa está na encruzilhada da tecnologia com as humanidades. Amanhã visto luto, Steve. Descanse em paz.”
Silvio Meira, cientista-chefe do C.E.S.A.R
“O legado de Steve, que lutou até o fim contra um mal muito acima da resistência de qualquer mortal, é maior do que a Apple. É uma grande lição de pensar, criar, desenhar, editar, repensar, fazer. De mudar o mundo. A história da computação pessoal e suas interfaces e uso não teria sido a mesma, até aqui, sem ele. Boa viagem, Steve”.
André Neves, coordenador do Curso de Design do Centro de Informática -CIn / UFPE
“Steve Jobs será lembrado pela capacidade de pensar no artefato mais em função do seu uso do que na tecnologia que embarcava. Sua maior ousadia era propor novas formas de uso. Garantir que o uso seria diferenciado”.
Luciano Meira, professor do departamento de psicologia da UFPE
“Li com tristeza o anúncio na página da Apple… as declarações de muitos outros já dizem com justiça da visão do outro, do apreço pelo improvável, e da paixão criativa que movia o Jobs”.
Com informações do CORREIOWEB
Na página inicial da Apple, em vez de informações corporativas, consta uma foto de Jobs com as datas do seu nascimento e falecimento. Jobs lutava contra um câncer no pâncreas desde 2004 e sua saúde vinha se debilitando visivelmente desde então, a ponto de o executivo anunciar seu afastamento da empresa no fim de agosto.
Além de fundar a Apple, companhia que, segundo balanços recentes, detém mais capital do que o governo dos EUA, Jobs também comprou a Pixar, empresa que alguns anos mais tarde se tornou mundialmente famosa por seus filmes de animação.
Natural de São Francisco, na Califórnia, Steve Jobs era filho biológico de Joanne Simpson e do imigrante sírio Abdulfattah John Jandali. Ao nascer, porém, ele foi dado para adoção. Jobs foi criado por Paul e Clara Hagopian Jobs, que lhe batizaram como Steven Paul.
Aos 17 anos, Jobs entrou para a universidade Reed College em Portland, Oregon, mas se viu obrigado a largar os estudos por conta dos altos custos. O executivo era casado com Laurene Jobs e tinha quatro filhos, três do casamento com Laurene e uma filha concebida com outra mulher, antes do matrimônio, que só foi reconhecida por ele na adolescência.
Jobs fundou a Apple em 1976, aos 21 anos, em companhia de Steve Wozniak, na garagem da casa de seus pais. Sob seu comando, a empresa introduziu os primeiros computadores Apple e mais tarde o Macintosh, que ficou muito popular na década de 1980. Entre as inúmeras inovações da Apple está o mouse, criado para facilitar aos usuários a ativação de programas e a abertura de arquivos.
Visionário, Jobs se interessava por experiências místicas desde a juventude e era vegetariano. Nos anos 1970, ele viajou à Índia para visitar o Baba Neem Karoli no ashram (comunidades formadas com o intuito de promover a evolução espiritual dos seus membros e guiadas por um guru) na companhia de um colega de faculdade e mais tarde primeiro empregado da Apple Daniel Kottke em busca de iluminação espiritual.
Ao voltar para os EUA, ele se tornou budista, adotando hábitos como raspar a cabeça e usar roupas tradicionais indianas. Na época, Jobs passou por vivências psicodélicas. O executivo assumiu publicamente que experimentar o alucinógenos LSD foi uma das coisas mais importantes que ele já havia feito na vida.
Revolucionário - Com suas criações, Steve Jobs não transformou apenas a forma como as pessoas se relacionam com computadores, com a música ou com os celulares. Steve Jobs revolucionou a história moderna — para o bem ou para o mal, cabe a cada um avaliar. Um deus para os aficionados por tecnologia, ele é considerado pouco menos que perverso por muita gente. Na indústria fonográfica, por exemplo, que viu as vendas de discos desabarem depois da criação do iPod, mencionar o nome do norte-americano de 56 anos é pedir para ser esconjurado.
O controverso Steven Paul Jobs nunca foi um gênio da tecnologia. Para isso, havia seu amigo de faculdade, Steve Wozniak, que desenvolveu o primeiro produto da marca, o Apple I. Jobs é especialista em criatividade, em gente e em prever os desejos do consumidor. “É muito difícil fabricar produtos por grupos focais. Muitas vezes, as pessoas não sabem o que querem até você mostrar a elas”, disse à revista BusinessWeek, em 1998. A frase foi proferida três anos antes do lançamento do iPod, tocador de músicas digitalizadas, e cinco antes da criação da iTunes Store, loja on-line que permitia a usuários comprar e baixar músicas.
Amado e odiado - O fundador de uma das maiores marcas de tecnologia do mundo era odiado por muitos. O temperamento arrogante e às vezes agressivo, que lhe deu a fama de tirano entre os subordinados, também fazia Jobs ser malvisto por parte dos veículos de imprensa, que ele tentava censurar e, vez ou outra, processar. Ele fez tantas inimizades que chegou a deixar, em 1985, a companhia que criou — devido a brigas internas. Só voltou 12 anos depois, como presidente executivo interino.
Repercussão -Executivos de TI de Pernambuco falaram sobre a morte de Jobs e o seu legado ao Blog de Tecnologia do Diario. Confira os depoimentos:
Cláudio Marinho, consultor da Porto Marinho Ltda.
“Dois momentos de Steve Jobs me marcaram muito. No primeiro, quando me fez ver, no gesto simples de lançar o ipad sentado numa poltrona, que a era pós-PC havia começado. O segundo, quando me convenceu, com um dos seus maravilhosos slides, que o que interessa está na encruzilhada da tecnologia com as humanidades. Amanhã visto luto, Steve. Descanse em paz.”
Silvio Meira, cientista-chefe do C.E.S.A.R
“O legado de Steve, que lutou até o fim contra um mal muito acima da resistência de qualquer mortal, é maior do que a Apple. É uma grande lição de pensar, criar, desenhar, editar, repensar, fazer. De mudar o mundo. A história da computação pessoal e suas interfaces e uso não teria sido a mesma, até aqui, sem ele. Boa viagem, Steve”.
André Neves, coordenador do Curso de Design do Centro de Informática -CIn / UFPE
“Steve Jobs será lembrado pela capacidade de pensar no artefato mais em função do seu uso do que na tecnologia que embarcava. Sua maior ousadia era propor novas formas de uso. Garantir que o uso seria diferenciado”.
Luciano Meira, professor do departamento de psicologia da UFPE
“Li com tristeza o anúncio na página da Apple… as declarações de muitos outros já dizem com justiça da visão do outro, do apreço pelo improvável, e da paixão criativa que movia o Jobs”.
Com informações do CORREIOWEB