O Hospital Regional Belarmino Correia, em Goiana, Zona da Mata Norte de Pernambuco, é mais um dos estabelecimentos que estão usando lençóis que teriam sido reaproveitados de hospitais dos Estados Unidos. A descoberta foi mostrada numa reportagem do NETV 2ª Edição, nesta quarta-feira (19), que flagrou os itens em uso na unidade pública de saúde.
Nas inscrições dos lençóis está a confirmação de que eles pertenciam a quatro unidades hospitalares diferentes dos Estados Unidos. A direção do hospital calcula que os lençóis estão em uso há pelo menos quatro anos e meio.
O preço baixo foi o que atraiu a direção do hospital pernambucano, que comprou lençóis para 75 leitos das enfermarias: cada metro custou R$ 2,00. A direção diz que o estoque é antigo e a compra não foi feita pela atual gestão. Segundo Maria da Conceição de Moura, gestora da unidade de saúde, os lençóis continuarão a ser usados, já que são lavados e esterelizados, mas outros cuidados serão tomados nas próximas compras. "Vamos ter o maior zelo, buscar a procedência dessa compra e avaliar o produto, antes de adquiri-los", disse ela.
A Secretaria Estadual de Saúde, entretanto, disse em nota que, mesmo o Hospital Belarmino Gouveia informando que os lençóis foram comprados de forma regular, todo o material seria recolhido e substituído nesta tarde.
A loja onde os lençóis foram comprados fica no centro de Goiana. O contador da empresa, Madson Fontes Silva, nega que os tecidos estivessem sujos ou contaminados. Os lençóis eram vendidos como retalhos e a mercadoria toda foi vendida. Ele não soube calcular a quantidade, mas disse de onde vieram os lençóis. "Compramos de fornecedores da região de Santa Cruz [do Capibaribe]. Então, foi vendido para o hospital. O pessoal de compras do hospital também comprou esse tecido como novo", explicou.
Investigações
Ainda nesta quarta, o secretário de Defesa Social de Pernambuco, Wilson Damázio, disse que o FBI, a polícia federal dos Estados Unidos, já se dispôs a colaborar nas investigações sobre o lixo hospitalar que entrou de forma ilegal no Brasil. “Muitas diligências já estão sendo realizadas e há a possibilidade de vir para Recife um representante do FBI para acompanhar essas investigações e nos apoiar no que for possível."
Mais de 60 amostras de material suspeito foram coletadas até agora. A investigação tem interesse especial, segundo Damázio, no material bruto encontrado em contêineres de Suape. “A prioridade é detectar que manchas são aquelas. Se é sangue, algum tipo de excremento, algo que venha a prejudicar a saúde de quem manuseia”, questiona. O secretário diz que testemunhas já foram ouvidas e que o inquérito está bastante avançado.
No Brasil, a Polícia Federal instaurou um inquérito para apurar as responsabilidades pelo desembarque de contêineres com lixo hospitalar vindos dos Estados Unidos, que apontam para a prática de crimes de contrabando, ambiental e uso de documento falso. A investigação pretende rastrear a compra do material e saber se o produto foi distribuído em outras partes do Brasil.
Confira o video:
Nas inscrições dos lençóis está a confirmação de que eles pertenciam a quatro unidades hospitalares diferentes dos Estados Unidos. A direção do hospital calcula que os lençóis estão em uso há pelo menos quatro anos e meio.
O preço baixo foi o que atraiu a direção do hospital pernambucano, que comprou lençóis para 75 leitos das enfermarias: cada metro custou R$ 2,00. A direção diz que o estoque é antigo e a compra não foi feita pela atual gestão. Segundo Maria da Conceição de Moura, gestora da unidade de saúde, os lençóis continuarão a ser usados, já que são lavados e esterelizados, mas outros cuidados serão tomados nas próximas compras. "Vamos ter o maior zelo, buscar a procedência dessa compra e avaliar o produto, antes de adquiri-los", disse ela.
A Secretaria Estadual de Saúde, entretanto, disse em nota que, mesmo o Hospital Belarmino Gouveia informando que os lençóis foram comprados de forma regular, todo o material seria recolhido e substituído nesta tarde.
A loja onde os lençóis foram comprados fica no centro de Goiana. O contador da empresa, Madson Fontes Silva, nega que os tecidos estivessem sujos ou contaminados. Os lençóis eram vendidos como retalhos e a mercadoria toda foi vendida. Ele não soube calcular a quantidade, mas disse de onde vieram os lençóis. "Compramos de fornecedores da região de Santa Cruz [do Capibaribe]. Então, foi vendido para o hospital. O pessoal de compras do hospital também comprou esse tecido como novo", explicou.
Investigações
Ainda nesta quarta, o secretário de Defesa Social de Pernambuco, Wilson Damázio, disse que o FBI, a polícia federal dos Estados Unidos, já se dispôs a colaborar nas investigações sobre o lixo hospitalar que entrou de forma ilegal no Brasil. “Muitas diligências já estão sendo realizadas e há a possibilidade de vir para Recife um representante do FBI para acompanhar essas investigações e nos apoiar no que for possível."
Mais de 60 amostras de material suspeito foram coletadas até agora. A investigação tem interesse especial, segundo Damázio, no material bruto encontrado em contêineres de Suape. “A prioridade é detectar que manchas são aquelas. Se é sangue, algum tipo de excremento, algo que venha a prejudicar a saúde de quem manuseia”, questiona. O secretário diz que testemunhas já foram ouvidas e que o inquérito está bastante avançado.
No Brasil, a Polícia Federal instaurou um inquérito para apurar as responsabilidades pelo desembarque de contêineres com lixo hospitalar vindos dos Estados Unidos, que apontam para a prática de crimes de contrabando, ambiental e uso de documento falso. A investigação pretende rastrear a compra do material e saber se o produto foi distribuído em outras partes do Brasil.
Confira o video:
G1