A entrega dos estudos de viabilidade para a instalação de um complexo formado por porto e aeroporto, no Litoral Norte de Pernambuco, foi adiada mais uma vez. O levantamento da Parceria Público-Privada (PPP), realizado pelas consultorias Promon Engenharia e STR Projetos, deveria chegar às mãos do Poder Público este mês, mas as empresas solicitaram que o prazo fosse alterado para outubro. Ontem, o secretário de Governo e presidente do Comitê Gestor das PPPs (CGPE), Maurício Rands, afirmou à Folha que a pesquisa será finalizada em novembro. Se autorizado, o empreendimento, chamado inicialmente de pe2 - polo ecologístico, custará em torno de R$ 3 bilhões.
“Vão haver estudos complementares, uma coisa mais conclusiva e abrangente. Por enquanto, o cenário é positivo, tanto na questão ambiental, quanto no que diz respeito à viabilidade econômica. Geralmente, o grupo que faz o levantamento para uma PPP pede mesmo prorrogações”, afirmou Rands. Quando pediu a primeira postergação, o consórcio justificou que a pesquisa envolvia pontos complexos, como análises de batimetria.
O complexo industrial e logístico deve ser implementado na Ilha de Itapessoca, em Goiana. O município já receberá um super conglomerado da Fiat e está na expectativa de ficar com uma fábrica da Volkswagen. Com a realização da PPP, a expectativa é de dobrar os investimentos na cidade.
O Governo do Estado aguarda também a avaliação de outras duas PPPs. A do Arco Metropolitano, uma rodovia alternativa de 80 quilômetros à BR-101 e estimada em R$ 600 milhões, tem previsão de conclusão para dezembro. Já a Plataforma Logístoca de Salgueiro, uma espécie de porto seco que vai abrigar várias plantas industriais, deve ser finalizada em janeiro.
Folha de Pernambuco