Por Jota Júnior
Na manhã desta terça-feira (20), os bancários de Goiana, realizaram um ato público em frente à agência do Bradesco e do Banco do Brasil. O objetivo da manifestação é dar visibilidade à campanha proposta por eles e chamar a atenção da sociedade para o caos visto nas agências bancárias. A categoria ameaça paralisar as atividades até o final deste mês, caso suas reivindicações não sejam acatadas.
De acordo com o presidente da União Geral dos Trabalhadores-UGT, Gustavo Walfrido, as exigências da classe incluem um reajuste salarial de 12% e a criação de um Plano de Cargos Carreiras e Salários (PCCS). “Além disso, queremos o aumento da parcela da Participação nos Lucros e Resultados (PLR) destinada aos funcionários”, disse. Eles também reclamam da falta de segurança nos bancos. “Estamos com medo de trabalhar. Os bancos são assaltados com muita frequência. O Bradesco por exemplo, é o único que não tem porta detectora de metais, assim ficamos muito vulneráveis”, ressaltou. Ele lembrou do recente assalto à agência do Bradesco, onde funcionários e clientes foram feitos reféns por cinco homens armados.
Os bancários reivindicam ainda, a melhoria nas condições de trabalho, de modo a reduzir a pressão diária enfrentada pelo trabalhador. “Temos problemas de saúde por causa do trabalho. Muitos destes estão com problemas como estresse, sem contar os que sofrem de LER (Lesão por Esforço Repetitivo)”, explica Leonardo Farias, presidente do sindicato em Goiana.
Para reverter esta situação, a categoria propõe a contratação de novos funcionários. “Com isso, o horário de funcionamento dos bancos seria estendido e mais profissionais poderiam ser contratados. Medidas como esta trazem benefício à todos; a população teria mais tempo para resolver suas pendências e os profissionais trabalhariam menos”, aponta, ressaltando que o resultado seria o fim do atual “caos” nos bancos.
Segundo Walfrido, os bancários aguardam o recebimento de uma contraproposta por parte da FENABAN(Federação Nacional dos Bancos) até o final do mês. Em seguida, a categoria se reunirá para analisar o documento. Caso o resultado não seja considerado satisfatório, a greve terá início. Os bancários ainda realizaram uma panfletagem no centro da cidade.
Fonte: AquiGoiana
Fonte: AquiGoiana
Sem acordo
Como não houve acordo, os sindicatos de bancários de todo o país vão se reunir na próxima quinta-feira (22) para votar um indicativo de greve para terça-feira da semana que vem (27).
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