A mudança da Novartis para Jaboatão dos Guararapes pode enfraquecer o projeto do polo farmacoquímico de Goiana. A suíça era uma das âncoras do polo, ao lado da Hemobrás. Os demais projetos previstos para a área são menores: Multilab (R$ 200 milhões), VitaDerm (R$ 28 milhões), IonQuímica (R$ 18 milhões) e AC Diagnóstico (R$ 13,5 milhões), além do Lafepe Química, cujo custo ainda não foi estimado.
O governo do estado não quis comentar a decisão da Novartis. Em nota oficial, a Secretaria de Desenvolvimento Econômico ressaltou que a decisão foi técnica.
“O mais importante é que sua planta continua em Pernambuco, gerando desenvolvimento, emprego e renda para os pernambucanos”. O governo estadual aproveitou para reafirmar seu “compromisso” com a estruturação do polo fármaco na Mata Norte.
A área escolhida pela Novartis em Jaboatão fica às margens da BR-101 Sul, entre os quilômetros 84 e 86, vizinho à fábrica da Vitarella. O terreno, de 4,1 hectares, foi adquirido pela empresa diretamente com o proprietário. O prefeito do município, Elias Gomes, não se mostrou surpreso.
“Essa informação a gente tinha, mas não podia divulgar. A decisão da Novartis só confirma que Jaboatão tem diferenciais importantes, como a localização estratégica”, disse o prefeito, acrescentando que a Novartis tem pressa.
De acordo com Renard Aron, diretor de Assuntos Corporativos da Novartis, os serviços de terraplenagem na nova área devem começar no início de 2012 e, a construção efetiva, no meio do ano. O prazo de conclusão está mantido: 2014.
Depois disso a fábrica precisará ser qualificada pela Organização Mundial de Saúde (OMS), validada e aprovada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), o que deve levar mais um ano. (M.B.)
Fonte: Diário de Pernambuco