Parte VI
OXI
O oxi é velho conhecido dos viciados da Região Norte. Acredita-se que a droga entrou no Brasil ainda na década de 1980, a partir de Brasileia e Epitaciolândia, cidades do Acre que fazem fronteira com a Bolívia. O consumo da substância foi registrado por pesquisadores em 2003, quando Álvaro Mendes, vice-presidente da Associação Brasileira de Redução de Danos (Aborda), pesquisava o uso de merla, outro derivado da cocaína, entre os acrianos. “No primeiro momento, o oxi era usado pelas classes sociais mais baixas e por místicos que iam ao Acre atrás da ayahuasca (chá alucinógeno usado em cerimônias do Santo Daime)”, diz Mendes. A droga chegou à capital, Rio Branco, de onde se espalhou para outros Estados da região.
De 2009 até 2011 foram apreendidas 1.400 quilos da droga no Acre, vejamos que o oxi no Brasil não é tão “novo”.
O oxi é uma droga que está se espalhando rapidamente pelo Brasil. O oxi é considerado pelos médicos como algo mais letal que o crack, considerado até o momento a mais destruidora de todas as drogas. Vem sendo consumido por pessoas que não tem conhecimento da droga, porque é vendido em bocas de fumo como se fosse crack.
No mês de março deste ano no estado de São Paulo, foi registrada a primeira apreensão do oxi nesse estado, 60 quilos da droga foram apreendidos.
O oxi, assim como o Crack, é vendido em pedras que, quando usadas, soltam uma fumaça. Inalada, em poucos segundos vai para o cérebro, provocando euforia e bem-estar.
Visivelmente são muito parecidas a diferenciação pode ser feita pela:
1. Fumaça, que no caso do crack é mais branca;
2. Pelos resíduos, o crack deixa cinzas, enquanto o oxi libera uma substância oleosa
Devido à semelhança da droga é impossível ter números exatos e/ou aproximados, quanto à propagação da droga no país.
Diferenças entre o OXI e o CRACK
1. As duas drogas são produzidas a partir da pasta da coca;
Preço
2. CRACK ( pedra ) custa em média R$10,00 reais;
3. OXI ( pedra ) custa em média R$2,00 reais;
Composição
4. CRACK: Pasta base de coca, bicarbonato e amoníaco;
5. OXI: Pasta base de coca oxidada com querosene, cal e/ou gasolina;
Aparência
6. CRACK: Pedra de cor amarelada, ao ser consumida libera fumaça clara e cinzas;
7. OXI: Pedra de cor amarelada, ao ser consumida libera fumaça escura e resíduos oleosos;
Paulina Duarte, da Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas (Senad), diz que o governo federal está avaliando o impacto do oxi. Junto com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), a Senad está finalizando uma pesquisa sobre o uso de derivados de cocaína no país. O estudo incompleto sugere que, pela facilidade com que é produzido, o oxi pode subverter a lógica usual do tráfico. “Não há um fornecedor fixo que distribui um só produto”, diz Paulina. “A droga é produzida em casa, de forma primitiva e artesanal.” Uma nova organização do tráfico poderia exigir uma mudança na forma de repressão policial. “Para combater o oxi, não temos de caçar apenas grandes traficantes”, afirma Paulina. “Precisaremos de uma polícia ativa, que atue diretamente nos pontos urbanos.”
Também é preciso que o serviço de saúde tenha exata noção das substâncias que compõem o oxi, a fim de entender seus efeitos e propor tratamento adequado. Por enquanto, faltam estudos laboratoriais que atestem a composição da substância. Na década de 1980, a Alemanha queria montar uma política para diminuir as mortes provocadas por overdose de heroína. Descobriu-se que o que estava matando era uma versão da droga com aditivos. Somente a partir dessa constatação o serviço de saúde organizou a melhor forma de tratamento. O Brasil suspeita, mas não tem certeza, do que é feito o oxi. Saber é o primeiro passo de uma longa batalha contra a nova droga.
Fonte: Portal G1
Efeitos do oxi no corpo
• Boca: Provoca a perda de dentes, queimadura nos lábios e necrose dos tecidos;
• Pulmões: O pó do cal provoca efisema;
• Sistema circulatório: No sangue o oxi leva 8 segundos para chegar ao cérebro;
• Cérebro: Causa derrame, perda de memória, dificuldades de raciocínio e concentração;
• Coração: Eleva os batimentos cardíacos e estreitamento dos vasos sanguíneos, aumentando os riscos de hipertensão e infarto;
• Estômago: Causa vômitos e diarréia;
• Fígado e Rins: Ao eliminar as toxinas da droga sobrecarrega os órgãos levando a inflamações.
Dúvidas, críticas, sugestões e elogios pelo e-mail: maxwelaurelio@hotmail.com
Até a próxima!
Maxwel Aurélio é soldado da Polícia Militar e possui os seguintes cursos: Formação de soldados (SDS-PE), Curso de Inteligência de Segurança Pública (CISP/SDS-PE), Curso Intensivo de Ações Táticas Itinerante (CIATI/SDS-PE), Método Giraldi (SDS-PE), Pistola Taser (SDS-PE), Prevenção ao Uso Indevido de Drogas (SENAD-UFSC), Formação de Formadores (SENASP), Busca e Apreensão (SENASP), Investigação Criminal I e II (SENASP), Polícia Comunitária (SENASP), Identificação Veicular (SENASP), Direitos Humanos (SENASP), Capacitação em Educação para o Trânsito (SENASP) e Local do Crime: Isolamento e Preservação (SENASP) e colunista do Blog do Anderson Pereira.
POSTAGENS ANTERIORES:
Clique aqui e leia - Drogas: Classificação e Efeitos no Organismo (Parte 1)
OXI
O oxi é velho conhecido dos viciados da Região Norte. Acredita-se que a droga entrou no Brasil ainda na década de 1980, a partir de Brasileia e Epitaciolândia, cidades do Acre que fazem fronteira com a Bolívia. O consumo da substância foi registrado por pesquisadores em 2003, quando Álvaro Mendes, vice-presidente da Associação Brasileira de Redução de Danos (Aborda), pesquisava o uso de merla, outro derivado da cocaína, entre os acrianos. “No primeiro momento, o oxi era usado pelas classes sociais mais baixas e por místicos que iam ao Acre atrás da ayahuasca (chá alucinógeno usado em cerimônias do Santo Daime)”, diz Mendes. A droga chegou à capital, Rio Branco, de onde se espalhou para outros Estados da região.
De 2009 até 2011 foram apreendidas 1.400 quilos da droga no Acre, vejamos que o oxi no Brasil não é tão “novo”.
No mês de março deste ano no estado de São Paulo, foi registrada a primeira apreensão do oxi nesse estado, 60 quilos da droga foram apreendidos.
O oxi, assim como o Crack, é vendido em pedras que, quando usadas, soltam uma fumaça. Inalada, em poucos segundos vai para o cérebro, provocando euforia e bem-estar.
1. Fumaça, que no caso do crack é mais branca;
2. Pelos resíduos, o crack deixa cinzas, enquanto o oxi libera uma substância oleosa
Devido à semelhança da droga é impossível ter números exatos e/ou aproximados, quanto à propagação da droga no país.
Diferenças entre o OXI e o CRACK
1. As duas drogas são produzidas a partir da pasta da coca;
Preço
2. CRACK ( pedra ) custa em média R$10,00 reais;
3. OXI ( pedra ) custa em média R$2,00 reais;
Composição
4. CRACK: Pasta base de coca, bicarbonato e amoníaco;
5. OXI: Pasta base de coca oxidada com querosene, cal e/ou gasolina;
Aparência
6. CRACK: Pedra de cor amarelada, ao ser consumida libera fumaça clara e cinzas;
7. OXI: Pedra de cor amarelada, ao ser consumida libera fumaça escura e resíduos oleosos;
Também é preciso que o serviço de saúde tenha exata noção das substâncias que compõem o oxi, a fim de entender seus efeitos e propor tratamento adequado. Por enquanto, faltam estudos laboratoriais que atestem a composição da substância. Na década de 1980, a Alemanha queria montar uma política para diminuir as mortes provocadas por overdose de heroína. Descobriu-se que o que estava matando era uma versão da droga com aditivos. Somente a partir dessa constatação o serviço de saúde organizou a melhor forma de tratamento. O Brasil suspeita, mas não tem certeza, do que é feito o oxi. Saber é o primeiro passo de uma longa batalha contra a nova droga.
Fonte: Portal G1
• Boca: Provoca a perda de dentes, queimadura nos lábios e necrose dos tecidos;
• Pulmões: O pó do cal provoca efisema;
• Sistema circulatório: No sangue o oxi leva 8 segundos para chegar ao cérebro;
• Cérebro: Causa derrame, perda de memória, dificuldades de raciocínio e concentração;
• Coração: Eleva os batimentos cardíacos e estreitamento dos vasos sanguíneos, aumentando os riscos de hipertensão e infarto;
• Estômago: Causa vômitos e diarréia;
• Fígado e Rins: Ao eliminar as toxinas da droga sobrecarrega os órgãos levando a inflamações.
Dúvidas, críticas, sugestões e elogios pelo e-mail: maxwelaurelio@hotmail.com
Até a próxima!
Maxwel Aurélio é soldado da Polícia Militar e possui os seguintes cursos: Formação de soldados (SDS-PE), Curso de Inteligência de Segurança Pública (CISP/SDS-PE), Curso Intensivo de Ações Táticas Itinerante (CIATI/SDS-PE), Método Giraldi (SDS-PE), Pistola Taser (SDS-PE), Prevenção ao Uso Indevido de Drogas (SENAD-UFSC), Formação de Formadores (SENASP), Busca e Apreensão (SENASP), Investigação Criminal I e II (SENASP), Polícia Comunitária (SENASP), Identificação Veicular (SENASP), Direitos Humanos (SENASP), Capacitação em Educação para o Trânsito (SENASP) e Local do Crime: Isolamento e Preservação (SENASP) e colunista do Blog do Anderson Pereira.
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Clique aqui e leia - Drogas: Classificação e Efeitos no Organismo (Parte 1)
Clique aqui e leia - Drogas: Classificação e Efeitos no Organismo (Parte 3)
Clique aqui e leia - Drogas: Classificação e Efeitos no Organismo (Parte 4)
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