Cidade de Goiana, que está recebendo o polo farmacoquímico, agora vive a expectativa da confirmação da Fiat
Ainda se recuperando de uma das maiores enchentes de sua história, o município de Goiana, na Mata Norte, espera receber uma boa notícia em breve. A Fiat e o governo do estado devem se pronunciar oficialmente, nos próximos dias, sobre a permanência da montadora em Suape ou a transferência para Goiana. Caso a troca seja confirmada, a economia local, até então baseada na cana de açúcar, deve sofrer uma verdadeira revolução. É o passado abrindo caminho para o futuro.
Curiosamente, as duas áreas que estão sendo negociadas para a possível instalação da Fiat em Goiana – ambas às margens da BR-101 – pertencem às usinas Santa Tereza (Grupo João Santos) e Nossa Senhora das Maravilhas (Grupo Andrade Queiroz), legítimas representantes da velha economia goianense. A Usina Maravilhas está desativada há mais de dez anos, mas possui 19 mil hectares plantados – cana que é moída na Usina Cruangi, do mesmo grupo, localizada na vizinha Timbaúba. É terra a perder de vista.
Além de cana, Goiana produz coco-da-baía, um pouco de mandioca e fumo, embalagens de papelão, cal, móveis e artefatos de fibra de coco. Mas aos poucos a economia do município vai mudando de perfil. Primeiro foi a criação do polo farmacoquímico, cuja âncora é a Hemobrás. Agora, tem a possibilidade de abrigar um polo automobilístico semelhante ao que surgiu em Betim (MG) na década de 1970. Com a Fiat, estão vindo cerca de 50 fornecedores – os chamados sistemistas. “A Fiat quer 1.200 hectares e isso temos de sobra. Já foi comprovado que Goiana tem condições de abrigar o projeto todo, e não apenas a pista de testes e o centro de pesquisa”, diz o prefeito Henrique Fenelon.
Ele acredita que o projeto que prevê a implantação de um novo complexo industrial e logístico em Goiana, dotado de porto e aeroporto, foi decisivo para que a Fiat aceitasse se mudar para a Mata Norte. O projeto está em fase de estudos e poderá ser viabilizado via Parceria Público-Privada (PPP).
“Goiana passou mais de 50 anos esquecida, até que veio o polo farmacoquímico. A Fiat beneficiaria Goiana, três cidades da Paraíba e pelo menos outras 15 cidades da Mata Norte”, afirma Fenelon.
Segundo o prefeito, além das áreas planas (o que reduziria os gastos com terraplenagem em até 80% em relação a Suape), Goiana oferece localização estratégica entre duas capitais com acesso duplicado, através da BR-101, próxima a três portos (Recife, Suape e Cabedelo) e dois aeroportos (Recife e João Pessoa).
O secretário municipal de Planejamento Estratégico, André Ramos, reconhece que a cidade não está preparada para receber um empreendimento desse porte, mas que um esforço pode ser feito, sobretudo na capacitação profissional. “Goiana é a nova menina dos olhos de Pernambuco. Vamos trabalhar para que não haja crescimento desordenado e para preparar as pessoas”, defende.
Matéria do Diário de Pernambuco
Edição de 20/07/2011
Após estas afirmações os apresentadores Jader de Andrade e João da Mata tiveram várias entrevistas durante a manhã desta segunda-feira, dia 25, em Goiana-PE sobre a polêmica gerada pela afirmação do secretario de planejamento estratégico.
Confira a entrevista com o vereador Jamilson Albertino e em seguida com o secretario André Ramos:
Ainda se recuperando de uma das maiores enchentes de sua história, o município de Goiana, na Mata Norte, espera receber uma boa notícia em breve. A Fiat e o governo do estado devem se pronunciar oficialmente, nos próximos dias, sobre a permanência da montadora em Suape ou a transferência para Goiana. Caso a troca seja confirmada, a economia local, até então baseada na cana de açúcar, deve sofrer uma verdadeira revolução. É o passado abrindo caminho para o futuro.
Curiosamente, as duas áreas que estão sendo negociadas para a possível instalação da Fiat em Goiana – ambas às margens da BR-101 – pertencem às usinas Santa Tereza (Grupo João Santos) e Nossa Senhora das Maravilhas (Grupo Andrade Queiroz), legítimas representantes da velha economia goianense. A Usina Maravilhas está desativada há mais de dez anos, mas possui 19 mil hectares plantados – cana que é moída na Usina Cruangi, do mesmo grupo, localizada na vizinha Timbaúba. É terra a perder de vista.
Além de cana, Goiana produz coco-da-baía, um pouco de mandioca e fumo, embalagens de papelão, cal, móveis e artefatos de fibra de coco. Mas aos poucos a economia do município vai mudando de perfil. Primeiro foi a criação do polo farmacoquímico, cuja âncora é a Hemobrás. Agora, tem a possibilidade de abrigar um polo automobilístico semelhante ao que surgiu em Betim (MG) na década de 1970. Com a Fiat, estão vindo cerca de 50 fornecedores – os chamados sistemistas. “A Fiat quer 1.200 hectares e isso temos de sobra. Já foi comprovado que Goiana tem condições de abrigar o projeto todo, e não apenas a pista de testes e o centro de pesquisa”, diz o prefeito Henrique Fenelon.
Ele acredita que o projeto que prevê a implantação de um novo complexo industrial e logístico em Goiana, dotado de porto e aeroporto, foi decisivo para que a Fiat aceitasse se mudar para a Mata Norte. O projeto está em fase de estudos e poderá ser viabilizado via Parceria Público-Privada (PPP).
“Goiana passou mais de 50 anos esquecida, até que veio o polo farmacoquímico. A Fiat beneficiaria Goiana, três cidades da Paraíba e pelo menos outras 15 cidades da Mata Norte”, afirma Fenelon.
Segundo o prefeito, além das áreas planas (o que reduziria os gastos com terraplenagem em até 80% em relação a Suape), Goiana oferece localização estratégica entre duas capitais com acesso duplicado, através da BR-101, próxima a três portos (Recife, Suape e Cabedelo) e dois aeroportos (Recife e João Pessoa).
O secretário municipal de Planejamento Estratégico, André Ramos, reconhece que a cidade não está preparada para receber um empreendimento desse porte, mas que um esforço pode ser feito, sobretudo na capacitação profissional. “Goiana é a nova menina dos olhos de Pernambuco. Vamos trabalhar para que não haja crescimento desordenado e para preparar as pessoas”, defende.
Matéria do Diário de Pernambuco
Edição de 20/07/2011
Após estas afirmações os apresentadores Jader de Andrade e João da Mata tiveram várias entrevistas durante a manhã desta segunda-feira, dia 25, em Goiana-PE sobre a polêmica gerada pela afirmação do secretario de planejamento estratégico.
Confira a entrevista com o vereador Jamilson Albertino e em seguida com o secretario André Ramos: