14 abril 2011

Durante evento em Goiana Eduardo se diz tranquilo quanto à relação com Dilma

O governador Eduardo Campos (PSB) atribuiu a tentativas de desestabilizar seu governo as informações de que o tratamento a ser dispensado pela presidente Dilma Rousseff a Pernambuco não será o mesmo dos tempos do ex-presidente Lula. Sem citar nomes, no entanto, o socialista afirmou que “quem está lendo como quer, vai tirar a prova dos nove” futuramente. Campos garantiu que o Estado não será afetado pelo corte de R$ 50 bilhões no orçamento federal e que os contratos em andamento estão sendo honrados. Também elogiou a perfomance da petista nos 100 primeiros dias de governo, ressaltando que a aliada administra o País “de forma muito competente, equilibrada, com muita serenidade e muito bom senso para enfrentar esse momento desafiador (de contenção de gastos)”.

“Acho que tem algumas pessoas que querem passar essa versão e essa imprensão (de que Dilma dará um tratamento diferente do de Lula). Não é essa a impressão que tenho. Você veja que tem muita gente que viajou com ela (para China) que teve corte no orçamento. Estamos aqui muito tranquilos, as coisas estão indo de maneira muito positiva. Tivemos a atenção dela no processo de composição do governo, ela distinguiu Pernambuco com um secretário indicado por mim (Fernando Bezerra Coelho, do PSB) para uma das funções mais importantes (o Ministério da Integração Nacional)”, argumentou Campos, em entrevista coletiva neste município, durante o seminário do Todos por Pernambuco.

O socialista destacou que, quando do anúncio do corte no orçamento, “muita gente pulou logo para ver quantos bilhões ela tinha cortado em Pernambuco”. “Ela não cortou nada, pelo contrário. Estamos acrescendo ao PAC algumas prioridades. Uma delas, a Adutora do Agreste, foi preservada. Estou lutando, já falei com a presidente, para que a gente possa incluir as barragens de contenção de enchente da Mata Sul no PAC”, assegurou Campos, salientando que não esconde as ações do Governo Federal no Estado.

“Muitos chegavam lá (em reuniões com Lula) e queriam fazer um pacto mais interessante, vamos dizer assim; que é dar 10%, 20% de contrapartida. Fizemos o maior PAC do Nordeste porque fomos para a parceria um para um. Ela sabe que digo as obras onde o Governo Federal botou dinheiro, o que muitos não costumam fazer Brasil afora”, reclamou Eduardo, lembrando um episódio da época em que era ministro da Ciência e Tecnologia, quando, em uma viagem com Lula, ouviu do ex-presidente que alguns governadores não divulgavam a participação da União nas obras. “Ela sabe que aqui fazemos parcerias às claras, colocamos os nomes. Tenho total confiança na relação que tenho com a presidente”, reforçou.

Avaliação
Para o governador, “o Brasil avalia esses 100 primeiros dias do Governo Dilma como extremamente positivos”. “Ela surpreendeu positivamente seus aliados e adversários”, enfatizou Eduardo, enaltecendo o respeito da petista às liberdades de expressão e Imprensa. “Você ver uma liderança da expressão do presidente Lula, da força política... Não é uma tarefa fácil sucedê-lo. Ela se firmou bem”, concluiu.

Fonte: Folha de Pernambuco
 
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