A informação foi confirmada pelo advogado Jair Jonco, um dos defensores de Ricardo Neis. “Ele está muito abalado com toda a situação, estressado e não tem condições de trabalhar. Internamos em uma clínica para ele tentar se recuperar”, afirmou Jonco.
À tarde, Ricardo Neis havia tentando se internar em outra clínica da zona sul de Porto Alegre. A informação foi confirmada pela gerência, que disse que não havia vagas no momento.
Funcionário do Banco Central, Ricardo Neis não deve ser punido pela instituição. Foi o que informou ao iG a assessoria de imprensa do banco. “Ao Banco Central do Brasil, não cabe adotar providência administrativa ou disciplinar sobre fatos não funcionais envolvendo servidores da autarquia”, informou a assessoria do Banco Central.
Na última sexta, ele atropelou pelo menos 15 ciclistas do grupo Massa Crítica, que realizava uma manifestação no bairro Cidade Baixa. Oito pessoas tiveram de ser encaminhadas ao Hospital de Pronto Socorro. Neis fugiu sem prestar socorro e se apresentou à Polícia Civil nesta segunda, alegando ter sido ameaçado pelos ciclistas. “Estou tremendamente transtornado. Lamento muito, mas não tive alternativa”, afirmou Neis.
A Polícia Civil pediu nesta terça a prisão preventiva do motorista. Ele deve ser indiciado por tentativa de homicídio duplamente qualificada, já que o motivo era fútil e as vítimas não tiveram chance de se defender. “Ele teve consciência do erro, ele sabe disso, ele usou o carro como uma arma”, afirmou o delegado Gilberto Montenegro, responsável pelo caso. O Ministério Público também havia solicitado a prisão de Ricardo Neis, mas a Justiça do Rio Grande do Sul só deve decidir nesta quarta.
Fonte: Último Segundo