28 janeiro 2011

Cinema em 4D: uma busca de novas sensações

Por Violeta Molina Gallardo

O desejo de ter acesso a uma nova dimensão sempre fascinou o ser humano e o cinema se aproveitou desta busca mística. Quando o uso da tecnologia estereoscópica está se instalando com força em Hollywood como uma experiência satisfatória para o espectador e uma alternativa à pirataria, surgem no horizonte as quatro dimensões.

A aventura do cinema começou com a clarividência - em duas dimensões e preto e brando - dos irmãos Lumière. Desde então, a sétima arte trouxe ao homem a possibilidade de entrar em mundos alheios e viver emoções desconhecidas.

Mas a imersão do espectador nas histórias, até há pouco totalmente dependente da qualidade dos roteiros e da atuação dos intérpretes, ganhou outras feições com o avanço da tecnologia, especialmente com o aperfeiçoamento das três dimensões.
O sucesso de "Avatar", o filme de maior bilheteira da história com uma arrecadação de US$ 2,7 bilhões, constata que a fórmula estereoscópica tem futuro. De fato, os grandes estúdios cinematográficos se lançaram com entusiasmo à produção de filmes em 3D.

Um novo universo sensorial
E essa febre por experimentar em primeira pessoa a ação de um filme, sendo mais que um simples espectador passivo, levou algumas redes de cinemas a ressuscitar a chamada quarta dimensão, que consiste em acrescentar ao 3D a estimulação sensorial, além da visão e da audição.

Assim, graças a alguns dispositivos especiais, o espectador pode perceber cheiros sintéticos, sentir na pele efeitos climatológicos como vento, chuva e nevoeiro, ou crer que está presente em uma explosão como consequência de efeitos avançados de luz e de som.
Além disso, a essa combinação podem ser acrescentados assentos articulados que movimentam o espectador ao ritmo da ação mostrada na tela.

Um adicional para aumentar a sensação de imersão na história que alguns especialistas consideram parte integrante das quatro dimensões e outros vão além, afirmando que constitui a sexta dimensão no cinema.

A rede de exibição CJ-CGV embarcou na aventura de adaptar "Avatar" às quatro dimensões e mostrou o resultado de meses de trabalho em várias salas de cinema da Coreia do Sul -anteriormente já tinha testado com "Viagem ao Centro da Terra".
Apesar do preço da entrada ser o triplo em relação ao valor do passe convencional, o sucesso foi imenso.
 
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