Com 12 fábricas, detendo 13% do mercado de cimento no Brasil, acaba de falir, oficialmente, o Grupo João Santos, dono da marca Nassau. A Nassau produzia 6,4 milhões de toneladas de cimento. Mas, o Grupo João Santos não era só cimento. Tinha usinas de açúcar e etanol, de papel e celulose e uma rede de comunicação, a Rede Tribuna.
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No epicentro dos atrasos salariais e desvalorização de seus produtos está a questão familiar. Uma reportagem produzida pela revista Isto É Dinheiro, em 2010, já anunciava a crise instaurada que, mais cedo ou mais tarde, resultaria na situação local. No entanto, o império do Grupo começou a andar mal das pernas há sete anos, na ocasião da morte do patriarca e presidente do conglomerado, João Pereira dos Santos.
Segundo a reportagem, a briga pelo controle do grupo teria de um lado Fernando Santos, José Bernadino Santos e Maria Clara Santos, filhos de João Santos, e do outro lado, as irmãs de João Santos, Ana Maria Santos e Rosália Santos, além de Alexandra. Rodrigo e Maria Helena, filhos do primogênito João Santos Filho, que faleceu na década de 80. As discórdias entre os parentes de João Santos começaram em 2009, durante o inventário de bens deixado por ele.
*Texto publicado originalmente no dia 17/03/2017 no site do Jornal O Estado, no Ceará.
*Texto publicado originalmente no dia 17/03/2017 no site do Jornal O Estado, no Ceará.