Um laudo da Agência de Defesa e Fiscalização Agropecuária de Pernambuco (Adagro/PE) apontou diversas irregularidades sanitárias no funcionamento do Matadouro Público de Goiana, na Zona da Mata Norte. O laudo exigia uma série de adequações ou a transferência dos abates de carne para o matadouro estadual, que fica em Itambé. Como as exigências não foram atendidas pela Prefeitura Municipal de Goiana, o matadouro fechou as portas. Com isso, cerca de 50 famílias ficaram sem sua fonte de renda.
Para os marchantes, o matadouro de fato precisava de reformas. Porém, ela só não aconteceu por falta de interesse da atual gestão. “Ele (prefeito) não tem interesse em reformar o matadouro. Ele disse na reunião que a Prefeitura não tem dinheiro. Tem gente que trabalha aqui há mais de 40 anos. O prefeito mandou foi fazer um currículo. A maioria não sabe fazer outra coisa na vida, vai fazer currículo?,” desabafou um dos marchantes prejudicado, que preferiu não ser identificado.
Com a mudança, os marchantes tem o custo do abate triplicado, com gastos na condução pessoal e no transporte do gado, o que pode afetar o consumidor. Além disso, o abatedouro de Itambé não funciona todos os dias, o que vai dificultar a venda nos dias de segunda, terça e quarta-feira, de acordo com os marchantes.
Em nota, a Prefeitura disse que para se ajustar as regras de saúde e segurança exigidas pela Adagro, precisaria gastar cerca de um milhão de reais em equipamentos. Um custo elevado que a Prefeitura afirma não possuir no momento.
Em relação às famílias que dependem dessa fonte de renda, a Prefeitura de Goiana disse já está estudando meios para qualificar e dar condições para que esses profissionais possam ser inseridos no mercado de trabalho.
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