Pernambuco Desenvolvimento Industrial fornecerá 1.500 metros cúbicos de concreto em vigas e pilares, o suficiente para um edifício de 20 andares
A Pernambuco Desenvolvimento Industrial (PDI), braço do Grupo Pernambuco Construtora, entrou na lista de fornecedores das obras da Fiat, em Goiana. Ela é uma subcontratada do consórcio liderado pela construtora paulista Construcap com a americana Wallbridge, uma fábrica de fábricas com experiência no setor automotivo. A PDI está produzindo e montando pilares e vigas para o galpão de pintura industrial da Fiat, uma das cinco oficinas em que basicamente se divide a montadora.
Na ordem da linha de fabricação dos automóveis em Goiana, o galpão de pintura será a terceira etapa. A primeira, já com obras iniciadas, é a das prensas, onde enormes bobinas de metal são “estampadas” por máquinas gigantes para a produção de 960 peças por hora, como portas e capô. E a segunda é a da funilaria, onde cada veículo receberá, em 261 estações de produção, mais de 4 mil pontos de solda, para juntar peças como se fosse um “lego”.
Mas será no galpão de pintura, a terceira etapa, onde ficará a maior linha de produção, com 9,2 quilômetros de extensão. Para se ter uma ideia do volume de produção necessário para a PDI atender esse etapa, serão 1.500 metros cúbicos de concreto em vigas e pilares. Isso sem contar paredes, fundações e piso da fábrica, que não serão feitos pela pernambucana.
“É como só nos pilares e vigas usássemos concreto suficiente para construir um prédio de 20 andares”, compara o superintendente da PDI, Paulo Leitão.
A previsão é que a PDI termine a instalação até o final do mês que vem.
“Além de agregar muito a nosso portfólio a participação nas obras, também há o fato de que fomos vistoriados e aprovados pela Wallbridge, uma multinacional do setor, o que mostra que o Estado já tem tecnologia para atender o nível de exigência da Fiat”, comemora Leitão.
A PDI produz estruturas de concreto pré-fabricadas em Suape, onde a linha de produção da empresa está localizada. São 300 empregos diretos, mais 70 indiretos.
Diferentemente de construções em menor escala, a PDI adotou um sistema muito automatizado para produzir os pilares e vigas. “Do mesmo jeito que é preciso um grande volume de carros para que o processo ser muito automatizado, a padronização das peças de concreto só viabiliza a mecanização do processo quando se atinge um número alto de produção”, explica Leitão.
JC Online