Drogas perturbadoras da atividade mental
Nesse grupo de drogas, classificam-se diversas substâncias cujo efeito principal é provocar alterações no funcionamento cerebral, que resultam em vários fenômenos psíquicos anormais, entre os quais destacamos os delírios e as alucinações.
Por esse motivo, essas drogas receberam a denominação alucinógenos. Em linhas gerais, podemos definir alucinação como uma percepção sem objeto, ou seja, a pessoa vê, ouve ou sente algo que realmente não existe.
Delírio, por sua vez, pode ser definido como um falso juízo da realidade, ou seja, o indivíduo passa a atribuir significados anormais aos eventos que ocorrem à sua volta. Há uma realidade, um fator qualquer, mas a pessoa delirante não é capaz de fazer avaliações corretas a seu respeito.
Por exemplo, no caso do delírio persecutório, nota em toda parte indícios claros – embora irreais – de uma perseguição contra a sua pessoa. Esse tipo de fenômeno ocorre de modo espontâneo em certas doenças mentais, denominadas psicoses, razão pela qual essas drogas também são chamadas psicotomiméticos.
• MACONHA
É o nome dado no Brasil à Cannabis sativa. Suas folhas e inflorescências secas podem ser fumadas ou ingeridas. Há também o haxixe, pasta semi - sólida obtida por meio de grande pressão nas inflorescências, preparação com maiores concentrações de THC (tetrahidrocanabinol), uma das diversas substâncias produzidas pela planta, principal responsável pelos seus efeitos psíquicos.
Há uma grande variação na quantidade de THC produzida pela planta conforme as condições de solo, clima e tempo decorrido entre a colheita e o uso, bem como na sensibilidade das pessoas à sua ação, o que explica a capacidade de a maconha produzir efeitos mais ou menos intensos.
Efeitos psíquicos agudos
Esses efeitos podem ser descritos, em alguns casos, como uma sensação de bem-estar, acompanhada de calma e relaxamento, menos fadiga e hilaridade, enquanto, em outros casos, podem ser descritos como angústia, atordoamento, ansiedade e medo de perder o autocontrole, com tremores e sudorese.
Há uma perturbação na capacidade de calcular o tempo e o espaço, além de um prejuízo da memória e da atenção.
Com doses maiores ou conforme a sensibilidade individual, podem ocorrer perturbações mais evidentes do psiquismo, com predominância de delírios e alucinações.
Efeitos psíquicos crônicos
O uso continuado interfere na capacidade de aprendizado e memorização. Pode induzir um estado de diminuição da motivação, que pode chegar à síndrome amotivacional, ou seja, a pessoa não sente vontade de fazer mais nada, tudo parece ficar sem graça, perder a importância.
Efeitos físicos agudos
Hiperemia conjuntival (os olhos ficam avermelhados); diminuição da produção da saliva (sensação de secura na boca); taquicardia com a frequência de 140 batimentos por minuto ou mais.
Efeitos físicos crônicos
Problemas respiratórios são comuns, uma vez que a fumaça produzida pela maconha é muito irritante, além de conter alto teor de alcatrão (maior que no caso do tabaco) e nele existir uma substância chamada benzopireno, um conhecido agente cancerígeno. Ocorre, ainda, uma diminuição de 50% a 60% na produção de testosterona dos homens, podendo haver infertilidade.
• ALUCINÓGENOS
Designação dada a diversas drogas que possuem a propriedade de provocar uma série de distorções do funcionamento normal do cérebro, que trazem como consequência uma variada gama de alterações psíquicas, entre as quais alucinações e delírios, sem que haja uma estimulação ou depressão da atividade cerebral. Fazem parte deste grupo a dietilamida do ácido lisérgico (LSD) e o Ecstasy.
Atenção! No Brasil, o Ministério da Saúde não reconhece nenhum uso clínico dos alucinógenos, e sua produção, porte e comércio são proibidos no território nacional.
O grupo de drogas alucinógenas pode ser subdividido entre as seguintes características:
• alucinógenos propriamente ditos ou alucinógenos primários:
São capazes de produzir efeitos psíquicos em doses que praticamente não alteram outra função no organismo;
• alucinógenos secundários :
São capazes de induzir efeitos alucinógenos em doses que afetam de maneira importante diversas outras funções;
• plantas com propriedades alucinógenas:
Diversas plantas possuem propriedades alucinógenas como, por exemplo, alguns cogumelos (Psylocibe mexicana, que produz a psilocibina), a jurema (Mimosa hostilis) e outras plantas eventualmente utilizadas na forma de chás e beberagens alucinógenas.
• DIETILAMIDA DO ÁCIDO LISÉRGICO
Atenção! No Brasil, o Ministério da Saúde não reconhece nenhum uso clínico dos alucinógenos, e sua produção, porte e comércio são proibidos no território nacional.
O grupo de drogas alucinógenas pode ser subdividido entre as seguintes características:
• alucinógenos propriamente ditos ou alucinógenos primários:
São capazes de produzir efeitos psíquicos em doses que praticamente não alteram outra função no organismo;
• alucinógenos secundários :
São capazes de induzir efeitos alucinógenos em doses que afetam de maneira importante diversas outras funções;
• plantas com propriedades alucinógenas:
Diversas plantas possuem propriedades alucinógenas como, por exemplo, alguns cogumelos (Psylocibe mexicana, que produz a psilocibina), a jurema (Mimosa hostilis) e outras plantas eventualmente utilizadas na forma de chás e beberagens alucinógenas.
• DIETILAMIDA DO ÁCIDO LISÉRGICO
LSD - Substância alucinógena sintetizada artificialmente e uma das mais potentes com ação psicotrópica que se conhece. As doses de 20 a 50 milionésimos de grama produzem efeitos com duração de 4 a 12 horas.
Seus efeitos dependem muito da sensibilidade da pessoa às ações da droga, de seu estado de espírito no momento da utilização e também, do ambiente em que se dá a experiência.
Efeitos do uso de LSD
• distorções perceptivas (cores, formas e contornos alterados);
• fusão de sentidos (por exemplo, a impressão de que os sons adquirem forma ou cor);
• perda da discriminação de tempo e espaço (minutos parecem horas ou metros assemelham-se a quilômetros);
• alucinações (visuais ou auditivas) podem ser vivenciadas como sensações agradáveis, mas também podem deixar o usuário extremamente amedrontado;
• estados de exaltação (coexistem com muita ansiedade, angústia e pânico, e são relatados como boas ou más “viagens”).
Outra repercussão psíquica da ação do LSD sobre o cérebro são os delírios.
Delírios de grandiosidade: O indivíduo se julga com capacidades ou forças extraordinárias. Por exemplo, capacidade de atirar-se de janelas, acreditando que pode voar; de avançar mar adentro, crendo que pode caminhar sobre a água; de ficar parado em frente a um carro numa estrada, julgando ter força mental suficiente para pará-Io.
Delírios persecutórios: O indivíduo acredita ver à sua volta indícios de uma conspiração contra si e pode até agredir outras pessoas numa tentativa de defender-se da “perseguição”.
Outros efeitos tóxicos
Há descrições de pessoas que experimentam sensações de ansiedade muito intensa, depressão e até quadros psicóticos por longos períodos após o consumo do LSD.
Uma variante desse efeito é o flashback, quando, após semanas ou meses depois de uma experiência com LSD, o indivíduo volta a apresentar, repentinamente, todos os efeitos psíquicos da experiência anterior, sem ter voltado a consumir a droga novamente, com consequências imprevisíveis, uma vez que tais efeitos não estavam sendo procurados ou esperados e podem surgir em ocasiões bastante impróprias.
Efeitos no resto do organismo:
• aceleração do pulso;
• dilatação da pupila;
• episódios de convulsão já foram relatados, mas são raros.
O fenômeno da tolerância desenvolve-se muito rapidamente com o LSD, mas também há um desaparecimento rápido com a interrupção do uso da substância. Não há descrição de uma síndrome de abstinência se um usuário crônico deixa de consumir a substância, mas, ainda assim, pode ocorrer a dependência quando, por exemplo, as experiências com o LSD ou outras drogas perturbadoras do SNC são encaradas como “respostas aos problemas da vida” ou “formas de encontrar-se”, que fazem com que a pessoa tenha dificuldades em deixar de consumir a substância, frequentemente, ficando à deriva no dia-a-dia, sem destino ou objetivos que venham a enriquecer sua vida pessoal.
• ECTASY (3,4-metileno-dioxi-metanfetamina ou MDMA)
É uma substância alucinógena que guarda relação química com as anfetaminas e apresenta, também, propriedades estimulantes. Seu uso é frequentemente associado a certos grupos, como os jovens freqüentadores de danceterias ou boates.
Há relatos de casos de morte por hipertermia maligna (Aumento excessivo da temperatura corporal ), em que a participação da droga não é completamente esclarecida. Possivelmente, a droga estimula a hiperatividade e aumenta a sensação de sede ou, talvez, induza um quadro tóxico específico.
Também existem suspeitas de que a substância seja tóxica para um grupo específico de neurônios produtores de serotonina.
• ANTICOLINÉRGICOS
Seus efeitos dependem muito da sensibilidade da pessoa às ações da droga, de seu estado de espírito no momento da utilização e também, do ambiente em que se dá a experiência.
Efeitos do uso de LSD
• distorções perceptivas (cores, formas e contornos alterados);
• fusão de sentidos (por exemplo, a impressão de que os sons adquirem forma ou cor);
• perda da discriminação de tempo e espaço (minutos parecem horas ou metros assemelham-se a quilômetros);
• alucinações (visuais ou auditivas) podem ser vivenciadas como sensações agradáveis, mas também podem deixar o usuário extremamente amedrontado;
• estados de exaltação (coexistem com muita ansiedade, angústia e pânico, e são relatados como boas ou más “viagens”).
Outra repercussão psíquica da ação do LSD sobre o cérebro são os delírios.
Delírios de grandiosidade: O indivíduo se julga com capacidades ou forças extraordinárias. Por exemplo, capacidade de atirar-se de janelas, acreditando que pode voar; de avançar mar adentro, crendo que pode caminhar sobre a água; de ficar parado em frente a um carro numa estrada, julgando ter força mental suficiente para pará-Io.
Delírios persecutórios: O indivíduo acredita ver à sua volta indícios de uma conspiração contra si e pode até agredir outras pessoas numa tentativa de defender-se da “perseguição”.
Outros efeitos tóxicos
Há descrições de pessoas que experimentam sensações de ansiedade muito intensa, depressão e até quadros psicóticos por longos períodos após o consumo do LSD.
Uma variante desse efeito é o flashback, quando, após semanas ou meses depois de uma experiência com LSD, o indivíduo volta a apresentar, repentinamente, todos os efeitos psíquicos da experiência anterior, sem ter voltado a consumir a droga novamente, com consequências imprevisíveis, uma vez que tais efeitos não estavam sendo procurados ou esperados e podem surgir em ocasiões bastante impróprias.
Efeitos no resto do organismo:
• aceleração do pulso;
• dilatação da pupila;
• episódios de convulsão já foram relatados, mas são raros.
O fenômeno da tolerância desenvolve-se muito rapidamente com o LSD, mas também há um desaparecimento rápido com a interrupção do uso da substância. Não há descrição de uma síndrome de abstinência se um usuário crônico deixa de consumir a substância, mas, ainda assim, pode ocorrer a dependência quando, por exemplo, as experiências com o LSD ou outras drogas perturbadoras do SNC são encaradas como “respostas aos problemas da vida” ou “formas de encontrar-se”, que fazem com que a pessoa tenha dificuldades em deixar de consumir a substância, frequentemente, ficando à deriva no dia-a-dia, sem destino ou objetivos que venham a enriquecer sua vida pessoal.
• ECTASY (3,4-metileno-dioxi-metanfetamina ou MDMA)
É uma substância alucinógena que guarda relação química com as anfetaminas e apresenta, também, propriedades estimulantes. Seu uso é frequentemente associado a certos grupos, como os jovens freqüentadores de danceterias ou boates.
Há relatos de casos de morte por hipertermia maligna (Aumento excessivo da temperatura corporal ), em que a participação da droga não é completamente esclarecida. Possivelmente, a droga estimula a hiperatividade e aumenta a sensação de sede ou, talvez, induza um quadro tóxico específico.
Também existem suspeitas de que a substância seja tóxica para um grupo específico de neurônios produtores de serotonina.
• ANTICOLINÉRGICOS
São substâncias provenientes de plantas ou sintetizadas em laboratório que têm a capacidade de bloquear as ações da acetilcolina, um neurotransmissor encontrado no SNC e no Sistema Nervoso Periférico (SNP).
Produzem efeitos sobre o psiquismo quando utilizadas em doses relativamente grandes e também provocam alterações de funcionamento em diversos sistemas biológicos, portanto, são drogas pouco específicas.
Como efeitos psíquicos, os anticolinérgicos causam alucinações e delírios. São comuns as descrições de pessoas intoxicadas que se sentem perseguidas ou têm visões de pessoas ou animais. Esses sintomas dependem bastante da personalidade do indivíduo, assim como das circunstâncias ambientais em que ocorreu o consumo dessas substâncias. Os efeitos são, em geral, bastante intensos e podem durar até 2 ou 3 dias.
Efeitos somáticos:
• dilatação da pupila;
• boca seca;
• aumento da frequência cardíaca;
• diminuição da motilidade intestinal (até paralisia);
• dificuldades para urinar.
Em doses elevadas, podem produzir grande elevação da temperatura (até 40-41°C), com possibilidade de ocorrerem convulsões. Nessa situação, a pessoa apresenta-se com a pele muito quente e seca, com uma hiperemia (Congestão sanguínea em qualquer parte do corpo ) principalmente, localizada no rosto e no pescoço.
São exemplos de drogas desse grupo: algumas plantas, como certas espécies do gênero Datura, conhecidas como saia branca, trombeteira ou zabumba, que produzem atropina e escopolamina; e certos medicamentos, como o tri-hexafenidil, a diciclomina e o biperideno.
Na próxima semana ( 22/05/2011 ) iremos abordar outras drogas, até lá.
Produzem efeitos sobre o psiquismo quando utilizadas em doses relativamente grandes e também provocam alterações de funcionamento em diversos sistemas biológicos, portanto, são drogas pouco específicas.
Como efeitos psíquicos, os anticolinérgicos causam alucinações e delírios. São comuns as descrições de pessoas intoxicadas que se sentem perseguidas ou têm visões de pessoas ou animais. Esses sintomas dependem bastante da personalidade do indivíduo, assim como das circunstâncias ambientais em que ocorreu o consumo dessas substâncias. Os efeitos são, em geral, bastante intensos e podem durar até 2 ou 3 dias.
Efeitos somáticos:
• dilatação da pupila;
• boca seca;
• aumento da frequência cardíaca;
• diminuição da motilidade intestinal (até paralisia);
• dificuldades para urinar.
Em doses elevadas, podem produzir grande elevação da temperatura (até 40-41°C), com possibilidade de ocorrerem convulsões. Nessa situação, a pessoa apresenta-se com a pele muito quente e seca, com uma hiperemia (Congestão sanguínea em qualquer parte do corpo ) principalmente, localizada no rosto e no pescoço.
São exemplos de drogas desse grupo: algumas plantas, como certas espécies do gênero Datura, conhecidas como saia branca, trombeteira ou zabumba, que produzem atropina e escopolamina; e certos medicamentos, como o tri-hexafenidil, a diciclomina e o biperideno.
Na próxima semana ( 22/05/2011 ) iremos abordar outras drogas, até lá.
Maxwel Aurélio é soldado da Polícia Militar e possui os seguintes cursos: Formação de soldados (SDS-PE), Curso de Inteligência de Segurança Pública (CISP/SDS-PE), Curso Intensivo de Ações Táticas Itinerante (CIATI/SDS-PE), Método Giraldi (SDS-PE), Pistola Taser (SDS-PE), Prevenção ao Uso Indevido de Drogas (SENAD-UFSC), Formação de Formadores (SENASP), Busca e Apreensão (SENASP), Investigação Criminal I e II (SENASP), Polícia Comunitária (SENASP), Identificação Veicular (SENASP), Direitos Humanos (SENASP), Capacitação em Educação para o Trânsito (SENASP) e Local do Crime: Isolamento e Preservação (SENASP).
Clique aqui e leia - Drogas:Classificação e Efeitos no Organismo (Parte 1)
Clique aqui e leia - Drogas:Classificação e Efeitos no Organismo (Parte 2)
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