03 maio 2011

Efeito das drogas no organismo por Maxwel Aurélio

Iremos iniciar com um assunto bastante atual, Drogas.
Nesta semana vamos abordar sobre a Epidemiologia e sua classificação.

Parte I
Drogas: classificação e efeitos no organismo


O que é droga?
Droga, segundo a definição da Organização Mundial da Saúde (OMS), é qualquer substância não produzida pelo organismo que tem a propriedade de atuar sobre um ou mais de seus sistemas, produzindo alterações em seu funcionamento.

Nesta primeira Parte, iremos abordar as principais drogas utilizadas para alterar o funcionamento cerebral, causando modificações no estado mental, no psiquismo. Por essa razão, são chamadas drogas psicotrópicas, conhecidas também como substâncias psicoativas.

A lista de substâncias na Classificação Internacional de Doenças, 10ª Revisão (CID-10), em seu capítulo V (Transtornos Mentais e de Comportamento), inclui:

• álcool;
• opióides (morfina, heroína, codeína, diversas substâncias sintéticas);
• canabinóides (maconha);
• sedativos ou hipnóticos (barbitúricos, benzodiazepínicos);
• cocaína;
• outros estimulantes (como anfetaminas e substâncias relacionadas à cafeína);
• alucinógenos;
• tabaco;
• solventes voláteis.

Classificação das drogas
Há diversas formas de classificar as drogas.

CLASSIFICAÇÃO DAS DROGAS DO PONTO DE VISTA LEGAL:
1. DROGAS LÍCITAS

• São aquelas comercializadas de forma legal, podendo ou não estar submetidas a algum tipo de restrição.
Como por exemplo, Álcool ( venda proibida a menores de 18 anos ) e alguns medicamentos que só podem ser adquiridos por meio de prescrição médica especial.   
2. DROGAS ILÍCITAS
• Proibidas por lei

Existe uma classificação – de interesse didático – que se baseia nas ações aparentes das drogas sobre o Sistema Nervoso Central (SNC), conforme as modificações observáveis na atividade mental ou no comportamento da pessoa que utiliza a substância. São elas:

1. drogas DEPRESSORAS da atividade mental;
2. drogas ESTIMULANTES da atividade mental;
3. drogas PERTURBADORAS da atividade mental.

Com base nessa classificação, conheça agora as principais drogas.

DROGAS DEPRESSORAS DA ATIVIDADE MENTAL

Essa categoria inclui uma grande variedade de substâncias, que diferem acentuadamente em suas propriedades físicas e químicas, mas que apresentam a característica comum de causar uma diminuição da atividade global ou de certos sistemas específicos do SNC. Como conseqüência dessa ação, há uma tendência de ocorrer uma diminuição da atividade motora, da reatividade à dor e da ansiedade, e é comum um efeito euforizante inicial e, posteriormente, um aumento da sonolência.

ÁLCOOL
O álcool etílico é um produto da fermentação de carboidratos (açúcares) presentes em vegetais, como a cana-de-açúcar, a uva e a cevada.
Suas propriedades euforizantes e intoxicantes são conhecidas desde tempos pré-históricos e praticamente, todas as culturas têm ou tiveram alguma experiência com sua utilização. É seguramente a droga psicotrópica de uso e abuso mais amplamente disseminada em grande número e diversidade de países na atualidade.

A fermentação (Processo anaeróbico de transformação de uma substância em outra, produzida a partir de microorganismos, tais como bactérias e fungos, chamados nesses casos de fermentos.) produz bebidas com concentração de álcool de até 10% (proporção do volume de álcool puro no total da bebida). São obtidas concentrações maiores por meio de destilação ( Processo em que se vaporiza uma substância líquida e, em seguida, se condensam os vapores resultantes para se obter de novo um líquido, geralmente mais puro.) Em doses baixas, é utilizado, sobretudo, por causa de sua ação euforizante e da capacidade de diminuir as inibições, o que facilita a interação social.

Há uma relação entre os efeitos do álcool e os níveis da substância no sangue, que variam em razão do tipo de bebida utilizada, da velocidade do consumo, da presença de alimentos no estômago e de possíveis alterações no metabolismo da droga por diversas situações – por exemplo, na insuficiência hepática, em que a degradação da substância é mais lenta.

NÍVEIS DE ÁLCOOL NO SANGUE
BAIXO

• Desinibição do comportamento;
• Diminuição da crítica;
• Hilariedade e labilidade afetiva (a pessoa ri ou chora por motivos pouco significativos);
• Certo grau de incoordenação ( ausência de coordenação )motora;
• Prejuízo das funções sensoriais;

MÉDIO
• Maior incoordenação motora (ataxia);
• A fala torna-se pastosa, há dificuldades de marcha e aumento importante do tempo de resposta (reflexos mais lentos);
• Aumento da sonolência, com prejuízo das capacidades de raciocínio e concentração;

ALTO
• Podem surgir náuseas e vômitos;
• Visão dupla (diplopia);
• Acentuação da ataxia e da sonolência (até o coma);
• Pode ocorrer hipotermia e morte por parada respiratória.

O álcool induz a tolerância (necessidade de quantidades progressivamente maiores da substância para se produzir o mesmo efeito desejado ou intoxicação) e a síndrome de abstinência (sintomas desagradáveis que ocorrem com a redução ou com a interrupção do consumo da substância).

BARBITÚRICOS

Barbitúrico é o nome dado a um composto químico orgânico sintético derivado do "ácido barbitúrico". Foi descoberto por Adolf Von Baeyer em 1864.

A substância é chamada de "malonilureia ou hidropirimidina". Esta substância resulta da união do ácido malônico com a ureia de onde se podem derivar substâncias com uso terapêutico.
São usados como antiepilépticos, sedativos, hipnóticos e anestésicos.
Os barbitúricos têm uma pequena margem de segurança entre a dosagem terapêutica e tóxica.
Barbitúricos são sedativos e calmantes. São usados em remédios para dor de cabeça, para hipnose, paraepilepsia, controle de úlceras pépticas, pressão sanguínea alta, para dormir. Nos primeiros anos de uso dos barbitúricos não se sabia que poderia causar dependência, mas já havia inúmeras pessoas dependentes.

Pertencem ao grupo de substâncias sintetizadas artificialmente desde o começo do século XX, que possuem diversas propriedades em comum com o álcool e com outros tranquilizantes (benzodiazepínicos). Seu uso inicial foi dirigido ao tratamento da insônia, porém a dose para causar os efeitos terapêuticos desejáveis não está muito distante da dose tóxica ou letal. O sono produzido por essas drogas, assim como aquele provocado por todas as drogas indutoras de sono, é muito diferente do sono “natural”
(fisiológico).

São efeitos de sua principal ação farmacológica:
• a diminuição da capacidade de raciocínio e concentração;
• a sensação de calma, relaxamento e sonolência;
• reflexos mais lentos;

Com doses um pouco maiores, a pessoa tem sintomas semelhantes à embriaguez, com lentidão nos movimentos, fala pastosa e dificuldade na marcha.

Doses tóxicas dos barbitúricos podem provocar:
• surgimento de sinais de incoordenação motora;
• acentuação significativa da sonolência, que pode chegar ao coma;
• morte por parada respiratória.

São drogas que causam tolerância (sobretudo quando o indivíduo utiliza doses altas desde o início) e síndrome de abstinência quando ocorre sua retirada, o que provoca insônia, irritação, agressividade, ansiedade e até convulsões.

Em geral, os barbitúricos são utilizados na prática clínica para indução anestésica (tiopental) e como anticonvulsivantes (fenobarbital).

BENZODIAZEPÍNICOS

Esse grupo de substâncias começou a ser usado na Medicina durante os anos 60 e possui similaridades importantes com os barbitúricos, em termos de ações farmacológicas, com a vantagem de oferecer uma maior margem de segurança, ou seja, a dose tóxica, aquela que produz efeitos prejudiciais à saúde, é muitas vezes maior que a dose terapêutica, ou seja, a dose prescrita no tratamento médico.

Atuam potencializando as ações do GABA (ácido gama-amino-butírico), o principal neurotransmissor (Substância química produzida pelos neurônios, as células nervosas, por meio das quais elas podem enviar informações a outras células.) inibitório do SNC.

Como consequência dessa ação, os benzodiazepínicos produzem:
• diminuição da ansiedade;
• indução do sono;
• relaxamento muscular;
• redução do estado de alerta.

Essas drogas dificultam, ainda, os processos de aprendizagem e memória, e alteram, também, funções motoras, prejudicando atividades como dirigir automóveis e outras que exijam reflexos rápidos. As doses tóxicas dessas drogas são bastante altas, mas pode ocorrer intoxicação se houver uso concomitante de outros depressores da atividade mental, principalmente, álcool ou barbitúricos. O quadro de intoxicação é muito semelhante ao causado por barbitúricos.

Existem centenas de compostos comerciais disponíveis, que diferem somente em relação à velocidade e duração total de sua ação. Alguns são mais bem utilizados clinicamente como indutores do sono, enquanto outros são empregados no controle da ansiedade ou para prevenir a convulsão.

Exemplos de benzodiazepínicos: diazepam, lorazepam, bromazepam, midazolam, flunitrazepam, clonazepam, lexotan.

OPIÓIDES
Grupo que inclui drogas “naturais”, derivadas da papoula do oriente (Papaver somniferum), sintéticas e semissintéticas, obtidas a partir de modificações químicas em substâncias naturais.

As drogas mais conhecidas desse grupo são a morfina, a heroína e a codeína, além de diversas substâncias totalmente sintetizadas em laboratório, como a metadona e meperidina.

Sua ação decorre da capacidade de imitar o funcionamento de diversas substâncias naturalmente produzidas pelo organismo, como as endorfinas e as encefalinas.

Normalmente, são drogas depressoras da atividade mental, mas possuem ações mais específicas, como de analgesia e de inibição do reflexo da tosse.

Causam os seguintes efeitos:
• contração pupilar importante;
• diminuição da motilidade (Capacidade de mover-se espontâneamente.) do trato gastrointestinal;
• efeito sedativo, que prejudica a capacidade de concentração;
• torpor e sonolência.

Os opióides deprimem o centro respiratório, provocando desde respiração mais lenta e superficial até parada respiratória, perda da consciência e morte.

São efeitos da abstinência:
• náuseas;
• cólicas intestinais;
• lacrimejamento;
• arrepios, com duração de até 12 dias;
• corrimento nasal;
• câimbra;
• vômitos;
• diarreia.

Quando em uso clínico, os medicamentos à base de opióides são receitados para controlar a tosse, a diarréia e como analgésicos potentes.

SOLVENTES OU INALANTES
Esse grupo de substâncias, entre os depressores, não possui nenhuma utilização clínica, com exceção do éter etílico e do clorofórmio, que já foram largamente empregados como anestésicos gerais.

Solventes podem tanto ser inalados involuntariamente por trabalhadores quanto ser utilizados como drogas de abuso, por exemplo, a cola de sapateiro.

Outros exemplos são o tolueno, o xilol, o n-hexano, o acetato de etila, o tricloroetileno, além dos já citados éter e clorofórmio, cuja mistura é chamada, frequentemente, de “lança-perfume”, “cheirinho” ou “loló”.

Os efeitos têm início bastante rápido após a inalação, de segundos a minutos, e também têm curta duração, o que predispõe o usuário a inalações repetidas, com conseqüências, às vezes, desastrosas. Acompanhe na tabela os efeitos observados com o uso de solventes.

PRIMEIRA FASE
• Euforia, com diminuição de inibição de comportamento;

SEGUNDA FASE
• Predomínio da depressão do SNC; o indivíduo torna-se confuso, desorientado;
• Podem também ocorrer alucinações auditivas e visuais.

TERCEIRA FASE
• A depressão se aprofunda, com redução
acentuada do estado de alerta.
• Incoordenação ocular e motora (marcha vacilante, fala pastosa, reflexos bastante diminuídos).
• As alucinações tornam –se mais evidentes.
   
QUARTA FASE
• Depressão tardia. Ocorre inconsciência;
• Pode haver convulsões, coma e morte.

O uso crônico dessas substâncias pode levar à destruição de neurônios, causando danos irreversíveis ao cérebro, assim como lesões no fígado, rins, nervos periféricos e medula óssea.

Outro efeito ainda pouco esclarecido dessas substâncias (particularmente dos compostos derivados, como o clorofórmio) é sua interação com a adrenalina, pois aumenta sua capacidade de causar arritmias cardíacas, o que pode provocar morte súbita. Embora haja tolerância, até hoje não se tem uma descrição característica da síndrome de abstinência relacionada a esse grupo de substâncias. 

BARBITÚRICOS

Barbitúrico é o nome dado a um composto químico orgânico sintético derivado do "ácido barbitúrico". Foi descoberto por Adolf Von Baeyer em 1864.

A substância é chamada de "malonilureia ou hidropirimidina". Esta substância resulta da união do ácido malônico com a ureia de onde se podem derivar substâncias com uso terapêutico.

São usados como antiepilépticos, sedativos, hipnóticos e anestésicos.

Os barbitúricos têm uma pequena margem de segurança entre a dosagem terapêutica e tóxica.

Barbitúricos são sedativos e calmantes. São usados em remédios para dor de cabeça, para hipnose, paraepilepsia, controle de úlceras pépticas, pressão sanguínea alta, para dormir. Nos primeiros anos de uso dos barbitúricos não se sabia que poderia causar dependência, mas já havia inúmeras pessoas dependentes.

Seu uso inicial foi dirigido ao tratamento da insônia, porém a dose para causar os efeitos terapêuticos desejáveis não está muito distante da dose tóxica ou letal. O sono produzido por essas drogas, assim como aquele provocado por todas as drogas indutoras de sono, é muito diferente do sono “natural”(fisiológico).

São efeitos de sua principal ação farmacológica:

• a diminuição da capacidade de raciocínio e concentração;
• a sensação de calma, relaxamento e sonolência;
• reflexos mais lentos.

A pessoa tem sintomas semelhantes à embriaguez, com doses um pouco maiores, como fala pastosa, dificuldade na marcha e lentidão nos movimentos.

Doses tóxicas dos barbitúricos podem provocar:
• morte por parada respiratória;
• acentuação significativa da sonolência, que pode chegar ao coma;
• surgimento de sinais de incoordenação motora.

Estas drogas causam síndrome de abstinência quando ocorre sua retirada, o que provoca insônia, irritação, agressividade, ansiedade e até convulsões; e tolerância (sobretudo quando o indivíduo utiliza doses altas desde o início).

Mais comumente os barbitúricos são usados na prática clínica para indução anestésica (tiopental) e como anticonvulsivantes (fenobarbital).

OPIÓIDES
Neste grupo temos mais popularmente conhecidas a morfina, a heroína e a codeína, além de diversas substâncias totalmente sintetizadas em laboratório, como a metadona e meperidina.

Grupo este que agrega drogas “naturais”, derivadas da papoula do oriente (Papaver somniferum), sintéticas e semissintéticas, obtidas a partir de modificações químicas em substâncias naturais.

Sua ação decorre da capacidade de imitar o funcionamento de diversas substâncias naturalmente produzidas pelo organismo, como as endorfinas e as encefalinas.

Os opióides deprimem o centro respiratório, provocando desde respiração comparsada e superficial até parada respiratória, perda da consciência e morte.

Efeitos da abstinência:

• náuseas;
• cólicas intestinais;
• lacrimejamento;
• arrepios, com duração de até 12 dias;
• corrimento nasal;
• câimbra;
• vômitos;
• diarreia.

São drogas depressoras da atividade mental, no entanto, possuem ações mais específicas, como a de inibição do reflexo da tosse e de analgesia.

Efeitos:
• efeito sedativo, que prejudica a capacidade de concentração;
• torpor e sonolência;
• contração pupilar importante;
• diminuição da motilidade (Capacidade de mover-se espontâneamente.) do trato gastrointestinal.

Quando em uso clínico, os medicamentos à base de opióides são receitados para controlar a diarréia, a tosse e como analgésicos potentes.

Fonte: Wikipédia

Na próxima semana (10/04/2011), iremos abordar as Drogas estimulantes da atividade mental, até lá!



Maxwel Aurélio é soldado da Polícia Militar e possui os seguintes cursos: Formação de soldados (SDS-PE), Curso de Inteligência de Segurança Pública (CISP/SDS-PE), Curso Intensivo de Ações Táticas Itinerante (CIATI/SDS-PE), Método Giraldi (SDS-PE), Pistola Taser (SDS-PE), Prevenção ao Uso Indevido de Drogas (SENAD-UFSC), Formação de Formadores (SENASP), Busca e Apreensão (SENASP), Investigação Criminal I e II (SENASP), Polícia Comunitária (SENASP), Identificação Veicular (SENASP), Direitos Humanos (SENASP), Capacitação em Educação para o Trânsito (SENASP) e Local do Crime: Isolamento e Preservação (SENASP).
Maxwel é o mais novo colunista do Blog do Anderson Pereira e falará sobre Segurança Pública. Teremos agora dois colunistas sobre este assunto, Maxwel e Adriano.

Maxwel estará nos atualizando todas as terças-feiras.

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